A Polícia Federal intimou a líder indígena Sonia Guajajara, uma das coordenadoras executivas da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), para depor em um inquérito aberto a pedido da Funai (Fundação Nacional do Índio).
A Funai acusa a ativista e a Apib de suposta difamação contra o governo Jair Bolsonaro e divulgação de dados falsos sobre o novo coronavírus em razão da websérie Maracá, que aborda violações contra os povos indígenas na pandemia de covid-19. A informação é do jornalista Guilherme Amado, da revista Época.
A líder indígena foi intimada na última terça-feira, 27. O depoimento estava marcado para ontem em Brasília, mas, segundo registros da Polícia Federal, o advogado da líder indígena informou que ela não se encontrava na capital federal e que, por isso, iria fazer um requerimento solicitando alteração da data.
“A perseguição desse governo é inaceitável e absurda! Eles não nos calarão!”, escreveu Sonia Guajajara em uma rede social.
Fui intimada pela PF, como representante da @apiboficial, para depor em um inquérito por conta da websérie Maracá. A perseguição desse governo é inaceitável e absurda! Eles não nos calarão!
— Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) April 30, 2021
O inquérito foi aberto em 19 de março pelo delegado Francisco Vicente Badenes Junior. A investigação teve como base documentação e vídeos enviados pela Funai em 7 de outubro de 2020, por meio de ofício assinado pelo presidente da fundação, Marcelo Augusto Xavier da Silva, e dirigido ao então diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Sousa.
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