Em assembleia feita na noite desta terça-feira, 18, os funcionários do Metrô de São Paulo resolveram que irão entrar em greve a partir da meia-noite desta quarta-feira, 18. Os metroviários dizem estar mobilizados contra a retirada de direitos e também por melhoria nas condições de trabalho.
A greve também foi convocada depois da gestão João Doria (PSDB), do governo paulista, não comparecer na audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho que havia sido marcada para esta terça-feira, 18.
O sindicato alega que está sem reajuste salarial há dois anos e não pagou a participação nos resultados de 2019 e 2020. De acordo com o Metrô, a proposta de reajuste é de 2,6% não retroativo, menos do que os 9,7% propostos pelo Ministério Público do Trabalho.
A paralisação do transporte não afetará as linhas 4-amarela e 5-lilás, que são privatizadas. Só as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho, que estão no comboio da greve.
Além da questão salarial, o sindicato também está brigando com o governo contra a venda do terreno onde fica a sede da entidade.
O governo havia marcado para o próximo dia 28 de maio a abertura dos envelopes com propostas para compra do terreno onde o prédio do sindicato, localizado na zona leste da cidade, entre as estações Carrão e Tatuapé da linha 2-vermelha do Metrô.
O sindicato fala que a venda possui motivações políticas, uma vez que a categoria faz severas críticas às privatizações e concessões feitas pelo governo estadual.
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