O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), pois a investigação das rachadinhas verificou que “Carlos Nantes [Bolsonaro] é citado diretamente como o chefe da organização”.
A rachadinha é forma de corrupção com nome “fofo”, que se caracteriza pela devolução parcial ou total de salários de assessores pagos com dinheiro público e pela nomeação de “funcionários fantasmas”.
Ainda na decisão de Rubioli, divulgada por Juliana Dal Piva, colunista do UOL, lê-se que há “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado.”
A suspeita do Ministério Público é que o crime aconteça desde o primeiro mandato de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio, no ano de 2001.
Outras suspeitas já envolveram também o irmão Flávio Bolsonaro, quando o atual senador do Republicanos era deputado estadual pelo Rio de Janeiro (2003-2019), e o gabinete do pai, o presidente Jair Bolsonaro, quando exercia a função de deputado federal (1991-2019).
O MP também pediu a quebra de sigilo de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, mas o juiz não autorizou.
Ex-funcionário acusou ex-mulher de Bolsonaro
Marcelo dos Santos acusou Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, de ter ficado com 80% de seu salário e de outros funcionários. A denúncia foi verbalizada pela primeira vez em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Segundo Marcelo, Ana Cristina Valle era a pessoa comandava o esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual e atual senador, Flávio Bolsonaro. Ele e o outro irmão Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, estão sendo investigados pelos supostos esquemas.
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