O presidente-executivo da farmacêutica Moderna disse que as vacinas existentes contra covid-19 dificilmente são tão eficazes contra a variante Ômicron do coronavírus quanto são contra as outras cepas.
“Não existe um mundo, acho, onde [a eficácia] é do mesmo nível que tivemos com a delta”, disse Stéphane Bancel, em uma entrevista ao jornal Financial Times.
“Acho que será uma queda palpável. Só não sei o quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com os quais converso dizem coisas do tipo ‘isto não será nada bom’.”

Ainda segundo ele, pode levar meses até que as empresas farmacêuticas possam fabricar em escala novos imunizantes específicos para a variante.
O que preocupa é o fato de 32 das 50 mutações da variante Ômicron se encontrarem na proteína spike, parte do vírus utilizada para invadir as células humanas e alvo das vacinas atuais contra a covid-19.

Estudos em andamento
Enquanto alguns laboratórios estudam efetividade de imunizantes existentes contra cepa, a Pfizer se adiantou e já trabalha, desde sexta-feira, 26, em uma nova versão de sua vacina contra a Ômicron.
De acordo com a farmacêutica, a medida de precaução será usada caso o imunizante atual não seja tão eficaz contra a nova variante. A previsão é que a nova vacina contra a ômicron esteja pronta para uso em 95 dias, segundo o executivo da Pfizer Albert Bourla.
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