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SP começa a aplicar soro superpotente em pacientes com covid-19

O soro superpotente anticovid foi aplicado pela primeira vez em um paciente diagnosticado com a doença. O experimento foi realizado no Hospital do Rim de São Paulo, em um homem transplantado de 65 anos, e faz parte dos testes clínicos com o tratamento.

De acordo com o hospital, o paciente não apresentou nenhum efeito colateral e resposta ao medicamento foi adequada. Porém, a equipe médica irá acompanhá-lo por 28 dias, período em que ele ficará em um leito semi-intensivo.

 Soro anticovid começa a ser aplicado em testes clínicos com pacientes transplantados

Na primeira etapa, os testes vão envolver 30 pacientes transplantados de rim do Hospital do Rim e 30 pacientes oncológicos do Hospital das Clínicas, com câncer de órgão sólido.

Na fase 2, participarão 558 pessoas, entre transplantados de órgãos sólidos e pacientes oncológicos, todos fazendo terapia imunossupressora.

Soro hiperimune

O soro desenvolvido pelo Instituto Butantan é feito a partir do plasma de cavalos. Os pesquisadores introduziram o vírus inativo nesses animais para que o organismo deles reagisse e produzisse anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos isolados para que possam ser usados contra a doença.

O soro desenvolvido pelo Instituto Butantan é feito a partir do plasma de cavalos

O tratamento é uma esperança positiva principalmente em pacientes com comorbidades, pois é esperado que os anticorpos presentes no soro sejam capazes de neutralizar o vírus rapidamente, evitando a evolução da doença para formas mais graves.

“Em laboratório e em estudos animais, o desempenho desse soro é fantástico, porque tem uma potência muito elevada”, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas.

Ainda segundo ele, a Argentina já tem mais de 1.500 pacientes tratados com método semelhante que registrou bons resultados.

Como funciona o soro anti-covid?

O soro é intravenoso, ou seja, é inserido na veia em uma única aplicação. O medicamento é parecido com os usados contra a raiva, que também é um vírus.

Quando aplicado em pessoas que possivelmente tiveram contato com o coronavírus, ele impede que o agente viral se manifeste no corpo do infectado.

Veja também: Plasma de cavalos dá origem a soro superpotente contra coronavírus

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