Incrustada em um vale e rodeada por várias Serras –Serra Dourada, Lages, Canta Galo e São Francisco-– a Cidade de Goiás se impõe com seus casarões do século 18, ruas de pedras clareadas por lampiões que nos remetem há alguns séculos atrás.
Antiga capital de Goiás, o destino é Patrimônio Cultural da Humanidade, segundo a Unesco desde 2001, que antes levava o nome de Vila Boa de Goiás.
Além disso, a cidade é reduto de festivais como o Internacional de Cinema Ambiental (FICA), a Procissão do Fogaréu – uma das manifestações religiosas mais belas do país e suas doceiras, que perpetuam as delícias passadas de gerações em gerações.
Para conhecer tudo isso, experimentar os famosos doces goianos e fazer uma visita à casa onde morou a doceira e poetisa Cora Coralina, esqueça o carro e caminhe sem pressa pelos becos e ruas de pedra.
Trekking e bike no Morro de São Francisco
A uma altitude de 700 metros, de livre acesso e sem necessitar de guia, é possível explorar tranquilamente esse morro, que tem trilha leve/moderada de terra batida e muito cascalho -uma extensão de aproximadamente 1 km, que podem ser feitos em 40 minutos de caminhada–, com longas subidas e descidas e vegetação típica de Cerrado —semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores com caules retorcidos e raízes longas.
O maior desafio nesse caso é o clima –calor e a pouca umidade da cidade, o que provoca falta de ar e cansaço.
Os cascalhos presentes nessa trilha –que dá acesso a veículos para a manutenção das antenas de transmissão-– requer cuidado, pois faz com que a pessoa escorregue com facilidade. Portanto, ande devagar e aprenda e descer e subir de lado, se necessitar.
No cume do morro, no final da tarde, uma visão deslumbrante –um lindo pôr do sol descendo sobre a cidade ao mesmo tempo em que é possível admirar a cidade vista do alto.
#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?
Ao mesmo tempo, é comum ver ciclistas subindo o morro e praticando mountain bike – empurrando a bike, sentado no selim ou até mesmo pedalando de pé – com bicicletas de ponta, como Groove, Scott, Fuji e Caloi – e todos os ciclistas equipados com roupas próprias – lanternas, capacetes e luvas.
Explorando o cânion da Carioquinha
Ali bem próximo ao centro, cerca de uma hora de caminhada por entre as ladeiras da cidade, inicia-se o caminho que dá acesso ao cânion da Carioquinha.
Partindo da Praça do Coreto são 2,5 km de caminhada. Partindo do início da Estrada Imperial são 1.200 metros.
O principal acesso para o cânion da Carioca é pela Estrada Imperial, onde o turista conhecerá um pequeno trecho de uma das primeiras estradas construídas na primeira metade do século 18.
Refrescando-se na cachoeira das Andorinhas
A 7 km do centro histórico está a entrada para a cachoeira das Andorinhas: uma bela queda, ideal para o banho.
A queda d’água tem aproximadamente 12 metros de altura, sendo 8 metros de queda livre. Partindo da Praça do Coreto são 8 km de distância até a portaria de acesso. Daí são mais 800 metros de caminhada.
O Poço do Sucuri
O Santuário Poço do Sucuri é o balneário mais tranquilo com piscinas naturais e quedas d’água para quem gosta de curtir a natureza e comer uma boa comida caseira. Fica a 8 km da Cidade de Goiás e está localizado no limite do Parque Estadual da Serra Dourada.
A gastronomia
Quando bater a fome, o visitante pode experimentar as comidas regionais como o empadão goiano, a pamonha ou o bolo de arroz, que são encontrados na maioria dos estabelecimentos locais. O Mercado Central pode ser uma opção. Lá, o turista encontra desde comida típica a lojinhas de artesanatos.
Os restaurantes chamam a atenção por suas características físicas. Boa parte são casas que funcionam como restaurantes. As mesas são colocadas nos cômodos e até mesmo no quintal.
Outra boa pedida para quem visita a cidade é conhecer a Praça do Coreto, no Centro de Goiás. No local, o turista pode experimentar os mais variados picolés e sorvetes produzidos em grande parte com frutas do cerrado goiano. Entre as opções, são oferecidos os sabores de murici, cajá, graviola, jabuticaba, cagaita e pitanga.
Tapiocas deliciosas e reconhecidas por sua qualidade e diversidade você encontrará na Tapioca do Cerrado.
Dicas para um bom trekking
- Usar roupas leves e confortáveis e calçados apropriados;
- Leve boné e chapéu;
- Não jogue lixo nas ruas, trilhas e rios;
- Sempre carregue água consigo para hidratar. Leve água fresca e quando estiver nas cachoeiras reidrate seu corpo;
- Leve uma câmera fotográfica para registro de belas imagens;
- Prefira carregar sua bagagem de caminhada em uma mochila, deixando suas mãos mais livres;
- Procure sempre um guia idôneo e indicado pela CAT de cada cidade.
- Use protetor solar e repelente;
- Saiba desistir. Pode acontecer de o cansaço aparecer forte ou até o tempo virar. Não se arrisque. A primeira regra para iniciar na modalidade é respeitar os limites do corpo;
- Mantenha o seu ritmo sempre;
- Redobre a atenção onde pisa para evitar quedas;
- Evite fazer trekking sozinho. Dê preferência a sair com pelo menos mais uma pessoa;
- A alimentação deve ser prática e fornecer energia para a atividade física. Barras de cereais, frutas e sanduíches leves (de preferência sem embutidos) são boas pedidas. Evite alimentos que possam dar sede, já que poderá não haverá água potável em abundância;
- Ainda que vá acompanhado de um guia (aconselho), estudar o roteiro antes de colocar os pés na trilha vai torná-lo mais confiante e preparado para as adversidades.
Veja também: Conheça a casa-museu de Cora Coralina em Goiás
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