O economista brasileiro Simcha Neumark, de 33 anos, foi o primeiro paciente com covid-19 a receber o remédio da Pfizer contra a doença em Israel, o Paxlovid.
Em entrevista à GLoboNews, ele disse que a pílula “funcionou superbem” e que apresentou “uma melhora grande” 15 horas após tomar o medicamento.
“Eu estava com febre de 39.5ºC, que parou; uma dor de garganta forte, que parou, e as enxaquecas pararam. Eu sinto um cansaço, como se fosse uma (recuperação) pós-gripe”.
Neumark foi o primeiro a ser chamado para iniciar o tratamento com a pílula porque ele possui uma doença autoimune, que faz com que seu corpo não desenvolva anticorpos contra o vírus, mesmo tendo tomado cinco doses da vacina.
Ele conta que resolveu aceitar a oferta do governo israelense pois estava sentindo fortes sintomas da covid-19.
“Chamaram-me e falaram que eu seria o primeiro, não tem muito teste, mas sim uma autorização de emergência, e para mim compensava pelo que eu sentia, febre e dor de garganta, eu tinha medo de parar no hospital”, disse.
O brasileiro toma seis pílulas por dia, sendo três pela manhã e três pela tarde, e é acompanhado pelo sistema de saúde de Israel.
Paxlovid
O Paxlovid é um tratamento oral para a covid-19 indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham testado positivo para a doença e apresentem alto risco de progressão para casos graves, como internação ou morte.
O tratamento está disponível apenas com receita médica e pode ser realizado em casa, ao contrário do rendesevir, por exemplo, antiviral aprovado no Brasil e nos EUA, que é usado apenas em hospitais.
Segundo a Pfizer, quando usado nos primeiros três a cinco dias de manifestação dos sintomas da doença, o medicamento pode reduzir a gravidade da doença, evitar 9 de cada 10 internações.
A pílula já recebeu autorização para ser utilizada emergencialmente em Israel e nos Estados Unidos.
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