A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que monitora casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças na Europa. De acordo com a entidade, de janeiro até o dia 8 de abril, foram notificados 74 casos no Reino Unido.
Na Espanha também houve a confirmação de três casos, e ao menos seis estão em investigação, na Irlanda. De acordo com a OMS, dado o aumento nos casos relatados no último mês e as investigações mais apuradas, é provável que mais casos da doença sejam relatados nos próximos dias.
A síndrome clínica nos casos identificados é de hepatite aguda com enzimas hepáticas acentuadamente elevadas, muitas vezes com icterícia (coloração amarelada na pele, olhos e/ou mucosa), às vezes com sintomas gastrointestinais, principalmente em crianças até 10 anos de idade.
Segundo a OMS, alguns casos exigiram transferência para unidades especializadas de fígado infantil e seis crianças foram submetidas a transplante de fígado. Até 11 de abril, nenhuma morte foi relatada entre esses casos.
O que é hepatite?
A hepatite é a inflamação do fígado, que é um órgão vital para processar nutrientes, filtrar o sangue e combater infecções.
A inflamação pode afetar a função do fígado, e a doença pode variar em gravidade, dependendo da causa.
Enquanto alguns tipos de hepatite são leves e não requerem tratamento, outras formas da doença podem se tornar crônicas e fatais.
A hepatite é muitas vezes contraída através do vírus da hepatite, dos quais existem cinco tipos principais: A, B, C, D e E.
No entanto, esses vírus não foram encontrados nos casos do Reino Unido, e cientistas e médicos agora estão considerando outras causas possíveis, incluindo a covid-19, outras infecções virais e fatores ambientais.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) informou que “não há ligação com a vacina da covid-19”, acrescentando que nenhum dos casos confirmados no Reino Unido foi vacinado. O órgão disse que uma das várias causas potenciais são os adenovírus.
“Os adenovírus são uma família de vírus comuns que geralmente causam uma série de doenças leves e a maioria das pessoas se recupera sem complicações”, afirmou.
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