Dois eventos de massa na Europa podem explicar o atual surto de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), doença que até então aparecia raramente fora da África. De acordo com um conselheiro da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das teorias é que o vírus pode ter inicialmente se espalhado pelo contato sexual em raves na Espanha e na Bélgica.
David Heymann, presidente de um grupo consultivo estratégico e técnico da OMS, liderou uma reunião de urgência sobre o assunto na sexta-feira.
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“O que parece estar acontecendo agora é que ele [o vírus] entrou na população como forma sexual, como forma genital, e está se espalhando, assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo”, disse Heymann em entrevista a Reuters.
A maioria dos casos no atual surto foi detectada em homens homossexuais, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens.
Se a transmissão sexual for confirmada, será uma mudança no padrão típico de propagação da doença até então observado na África central e ocidental, onde as pessoas são infectadas principalmente por animais como roedores selvagens e primatas.
Segundo Heymann, a OMS dará mais orientações aos países nos próximos dias.
Sintomas da varíola dos macacos
Embora o vírus possa ser transmitido a partir do contato direto com fluídos corporais, gotículas respiratórias, feridas e roupas de cama da pessoa infectada, as autoridades de saúde dizem que ele não se espalha tão facilmente.
Mas autoridades de saúde de vários países estão aconselhando médicos e enfermeiros a ficarem “alertas” aos pacientes que apresentem sintomas da varíola dos macacos.
A infecção geralmente começa com sintomas parecidos com os da gripe, como febre, dor muscular e linfonodos inchados antes de causar uma erupções na pele do rosto e do corpo todo. Essas bolhas são dolorosas e cheias de líquido.
Os sintomas podem aparecer de cinco a 21 dias após a infecção e a maioria das pessoas se recupera, sem complicações, entre duas a quatro semanas.
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