A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) informou que a água da Cachoeira Queima-Pé, que foi tingida de azul durante um chá revelação, em Tangará da Serra, não teve qualquer alteração.
De acordo com a Secretaria, foram coletadas amostras da água e elas apontaram que não houve mudança na cor e odor da água. Além disso, também não foi constatada morte dos peixes que vivem na região.
Por meio de nota, a Secretaria descartou que o casal ter colorido a água da cachoeira de azul possa ter provocado alterações químicas na cachoeira.
Porém, o órgão destacou que segundo o decreto federal nº 6.514/2008, houve uma “conduta em desacordo com a legislação” durante a realização do evento e por isso, o responsável pela festa será autuado por “lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos”.
A multa só será definida após a conclusão do laudo técnico. O decreto determina que a pena por dano ambiental “terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, ou outra medida do objeto jurídico lesado”. O valor da penalidade pode variar entre R$ 50 e R$ 50 milhões.
De acordo com o portal UOL, o responsável pelo chá revelação foi à sede da secretaria em Tangará da Serra, acompanhado de sua advogada, e prestou esclarecimentos.
Ele disse que não sabia que o produto seria lançado na cachoeira, segundo a delegacia. De acordo com ele, foi outro familiar que coloriu a água. O dono da propriedade em que aconteceu o evento também foi ouvido, mas garantiu que apenas cedeu o lugar para o chá revelação.
A Secretária não divulgou o material utilizado.
Os técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso estiveram no local na segunda-feira, 26, dia seguinte ao evento, para a coleta do material. Uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também estava junto durante todo o processo.
O evento está sendo investigado pelo Ministério Público.
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