O maior surto de gripe aviária de todos os tempos está se espalhando para mamíferos, incluindo leões-marinhos, lontras e raposas. À medida em que os casos aumentam, também aumenta a preocupação com a possibilidade do vírus evoluir e desencadear uma pandemia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora de perto a situação e vem consultando fornecedores de vacinas para entender a capacidade de produção de imunizante caso o H5N1 se torne uma emergência de saúde pública.
De acordo com a chefe do programa de influenza, Wenqing Zhang, a situação “é muito preocupante e o risco tem aumentado ao longo dos anos, conforme refletido no número de surtos em animais, bem como em uma número de infecções em humanos”.
Segundo ela, que cada uma das cepas tem potencial para se tornar uma emergência de saúde pública, mas a 2.3.4.4b, em disseminação em várias áreas do mundo, especialmente na América do Norte e do Sul, é a que merece maior vigilância.
Embora a forma mutante do vírus H5N1 não salte rapidamente para os humanos, a preocupação é com as fazendas, que podem atuar como incubadoras e reservatórios para o vírus.
Infecções nas últimas semanas
Além do aumento global de casos de gripe aviária entre animais, recentemente, houve a confirmação da morte de uma menina de 11 anos no Camboja após infecção pela cepa 2.3.2.1c do vírus H5N1.
A principal suspeita é que ela tenha se infectado por aves domésticas. Seu pai também testou positivo para o vírus, mas não apresentou sintomas.
Outros dois casos entre humanos foram registrados na China: uma mulher de 53 anos e um homem de 49. De acordo com autoridades do país, nada indica uma relação entre os dois diagnósticos.
A mulher, moradora da província de Jiangsu, no leste da China, teria adoecido após comer frango. O sequenciamento genômico da amostra do vírus mostrou que a paciente foi infectada com uma cepa do H5N1 em alta circulação entre animais.
Já o homem de 49 anos, morador província de Guangdong, apresentou sintomas após contato com aves vivas.
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