Nem toda viagem incrível precisa ser cinco estrelas. Ainda mais se for para a Serra Gaúcha! Se você concorda, desfrute cada dica a seguir, pois é sem dúvida o início dos planos para o seu novo pé na estrada…
Paisagens idílicas, povo hospitaleiro e muito sabor e aromas. Isso tudo é o que você vai encontrar na bucólica vila Otávio Rocha, distrito de Flores da Cunha.
Nesta pequena porção de terra encravada na Serra Gaúcha o tempo tem um ritmo diferente, um lugar para experimentar a cultura da colônia italiana.
O que fazer em Otávio Rocha e arredores, na Serra Gaúcha
O início de nossa viagem por Otávio Rocha é a hospedagem. Então, a primeira dica é se hospedar no Hotel Dona Adélia. Além de aconchegante, a hospedagem fará você se sentir em casa. Sem contar a culinária, que é inspirada na província de Vicenza, no nordeste da Itália.
O hotel fica em uma localização privilegiada, pois de lá, cada dia de sua estadia pode ser um bate e volta em lugares que com certeza ficarão na sua memória.
De um lugar a outro, o caminho rodeado de surpresas vai te fazer parar várias vezes para tirar fotos surpreendentes, como dos vinhedos, pastos de ovelhas e casinhas que farão você voltar ao passado.
O Hotel Dona Adélia foi a nossa base para fazer os passeios bate-volta pela região de Otávio Rocha.
1º dia
Em meio a esses lindos caminhos, nossa primeira parada é em Nova Pádua, cidade onde o ecoturismo é muito presente. A visita ao belvedere Sonda é um show a parte, onde avistamos o rio das Antas.
De lá, seguimos até o Destilados L’onore, onde somos recebidos por uma simpática cachorrinha e em seguida pelos proprietários, que nos dão uma aula sobre a bebida com muita paciência e sorriso no rosto. Tudo isso graças ao senhor Pedro Marostica, que deixou esse legado, e seu neto Anderson, que modernizou a indústria familiar. Impossível sair de lá sem levar uma ou muitas garrafas.
E antes do sol se pôr, chegamos na Casa do Cogumelo. Pensa em um lugar que já se tornou o meu preferido. Tomar um frisante sentado na grama e com um cardápio pensado especialmente para quem quer curtir o jardim.
E, caso prefira o bistrô, garanto que vai se encantar com a mesma intensidade. O cardápio, é claro, feito com cogumelos frescos e cultivados ali mesmo, podendo fazer uma visita guiada e aprender todos os passos do cultivo e não saia de lá sem provar o sorvete com cogumelo salmão… Sim, exótico, mas divino!
2º dia
Hoje o bate e volta é até o “Roteiro Caminhos de Pedra” (Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul), que vai de Bento Gonçalves à Farroupilha. Você vai se encantar e com certeza ter vontade de parar em cada casarão que passar em frente, seja ele restaurante, café, vinícola ou parque, todos lindos e nosso almoço não podia deixar de ser em um desses casarões.
Nessa rota você passará também por arquiteturas mais modernas e não menos interessantes exemplo é o Benevento Café, se o dia estiver bonito a experiência fica ainda mais agradável tomando um café no jardim.
Seguimos nosso passeio atravessando o rio das Antas de balsa puxada à mão, um momento de pura beleza, e chegamos em Nova Roma do Sul, localizada no coração da Serra Gaúcha. Essa cidade hospitaleira foi colonizada por poloneses, suecos e principalmente italianos, andar por suas ruas, parar em algum comércio é certeza de fazer amizade.
Paramos na sorveteria Ponto 1, bem ao lado da igreja. Os sabores que escolhemos? não lembro! Mas garanto que todos tiveram gostinho de infância.
3º dia
A ansiedade de chegar a Antônio Prado, cidade mais italiana do Brasil, estava a mil, principalmente por ser onde foi filmada uma das séries brasileiras que mais amo, “Desalma”.
A cidade encanta logo à primeira vista. São 48 casas, dentre as várias existentes, tombadas pelo IPHAN (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional). Trata-se do maior acervo arquitetônico referente à imigração italiana no Brasil, lugares para visitar são muitos:
- Centro Histórico
- Casa Neni/Museu Municipal
- Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus
- Moinho Franscescatto
- Linha 21 de Abril
- Gruta Natural
- Escadaria da Fé
Mas nenhum lugar me tocou tanto o coração quanto a La Nostra Arte, uma associação de artesãos que ajuda mulheres em situação de depressão.
Muitas se ergueram através da arte feita pelas próprias mãos, e são trabalhos lindíssimos; crochê, macramé, bainha aberta, crivô, frivoletê, trabalhos com palha de milho e dressa –peças únicas que contam a história dos afazeres tradicionais das mulheres pradenses. Comprar qualquer peça é valorizar e ajudar várias mulheres.
4º dia
Deixamos o último dia para curtir muito cada pedacinho de Otávio Rocha, e claro, fazer umas comprinhas. Então partimos para o Doces Silber (Caminhos do Mirtilos), uma agroindústria familiar.
Somos recebidos com muito carinho e saímos de lá carregados de sucos e geleias, a minha preferida é sem dúvida a de casca de uva, mas… escolham as suas dentre mirtilo, pêssego, maçã, figo, uva, mirtilo com pimenta, abacaxi, morango, frutas vermelhas, pera, amora… ufa, será que esqueci alguma? Confere lá e me conte.
Partiu Pauletti Vinhos, vinícola familiar fundada em 2018 pelos irmãos Mauro e Rudinei Pauletti, apesar de ser uma vinícola pequena, o vinho produzido lá surpreende muito.
Seguimos… como voltar pra casa sem uvas??? Comprar pelo caminho? Claro que não, nada melhor do que colher suas uvas e comprar por um preço justo e o melhor lugar é o Slaviero Uvas, que experiência maravilhosa!
Lá viramos crianças, também fomos muito bem recebidos pelos proprietários, ah, a vista vale super a pena E pra fechar com chave de ouro, nossa última parada é simplesmente uma terapia: comprar chocolate, mas não é qualquer chocolate não! É chocolate de milhões.
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Fomos recebidos pelo filhos de D. Helena, a proprietária e responsável por confeccionar as delícias da Chocolate com Arte , uma loja pequena, porém linda e com muita explosão de sabores, um último lembrete… não volte de lá sem me trazer um chocolate. É isso!
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