De acordo com laudo complementar do Instituto Médico Legal (IML), concluído na quarta-feira, 21, o menino Henry Borel, morto em 8 de março, teve lesões causadas por unha em seu rosto. Os detalhes do documento foram obtidos pela TV Globo e reforçam a opinião da Polícia de que a morte do garoto não aconteceu num acidente doméstico – como alegam o padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe, Monique Medeiros, ambos presos pelo crime.
A perícia do IML além das lesões no rosto da criança foram provocadas por unhas, já havia concluído que Henry tinha 23 lesões, mas não detalhava que as marcas no nariz e próximas ao olho eram “escoriações causadas por unha”.
“As lesões na região nasal e infra orbital esquerda (…) são compatíveis com escoriações causadas por unha”, diz o texto do laudo.
A nova análise respondeu a perguntas feita pelo delegado responsável pela investigação, Henrique Damasceno.
De acordo com o laudo, Henry tinha marcas no rosco compatíveis com ferimentos feitos a unha;
Várias lesões que não poderiam ter sido causadas em um único trauma – como a queda da cama alegada por Monique e Jairinho; Ainda foram descartadas as hipóteses de acidente doméstico ou morte por lesões causadas durante manobra de ressuscitação.
Segundo o hospital, Henry chegou ‘mole, pálido, roxo’, com ‘rigidez na mandíbula’ e com temperatura corporal baixa. O laudo aponta que ele deu entrada ‘já cadáver’ na unidade.
A polícia crê que outras duas lesões foram causadas pela intubação realizada no atendimento médico da criança.
Henry não tinha sinais de ‘maus-tratos crônicos’. As marcas no seu antebraço são compatíveis com pressão digital. Ainda de acordo com o laudo, a causa da morte foi “hemorragia interna” e “laceração hepática” causada por “ação contundente” e o ‘evento que conduziu à morte’ ocorreu entre 23h30 e 3h30;
O laudo não conseguiu determinar a dinâmica das ações que causaram a morte de Henry.
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