Uma técnica desenvolvida por pesquisadores brasileiros tem ajudado a minimizar os efeitos de sequelas da covid-19 em pacientes que passam meses internados. Chamada de eletroterapia muscular, o tratamento é realizado com ajuda de um aparelho chamado ReCARE que mantém ativo todo o sistema neuromuscular do paciente, mesmo ele estando desacordado.
A função tem como objetivo acelerar a recuperação de pacientes, contribuindo para a redução do tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A vantagem do aparelho é que ele tem uma maior quantidade de canais de corrente elétrica, se comparado com aparelhos convencionais. Além disso, ele possibilita tratar os membros superiores e inferiores ao mesmo tempo, o que otimiza o período da sessão.
Por enquanto, o aparelho só está disponível em hospitais particulares, mas – segundo uma reportagem da CNN Brasil – há negociações com o governo federal para que ele chegue ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Sequelas da covid-19
A fraqueza muscular é apenas uma das sequelas experimentadas por pacientes que ficam acamados por muito tempo em consequência da covid-19. Vários outros problemas podem perdurar por um tempo, mesmo após a pessoa se recuperar da doença.
Essa fase pós-covid tem um nome. Os médicos a chamam de “Covid longa”, “covid persistente”, “covid-19 pós-aguda” ou a “síndrome pós-covid”.
Na China, os pesquisadores estudaram isso bem afundo. Eles analisaram o prontuário médico de 1.733 pessoas que tiveram a doença e descobriram que as principais sequelas são cansaço e fraqueza muscular, dificuldades para dormir, além de ansiedade e depressão.
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