Em um mundo cada vez mais virtual, em que os relacionamentos são construídos e definidos por meio de uma simples curtida, formar conexões genuínas entre as pessoas pode ser mais complicado do que parece.
Afinal, será que conseguimos ser 100% nós mesmos nos nossos perfis? Ou acabamos seguindo inconscientemente um determinado padrão estético e comportamental nas nossas postagens?
Pensando nisso, o app de relacionamentos Blued, voltado para homens gays (trans e cisgênero), desenvolveu a ação “Diversidade e Conexões Reais”. Ela tem o objetivo de celebrar pessoas com seus diferentes corpos, gêneros e expressões da sexualidade.
Além de também estimular conexões autênticas entre seus usuários e garantir um ambiente online e acolhedor. Ou seja, um lugar onde todos e todas se sintam livres para mostrarem seus verdadeiros eus, sem os milhares de filtros e edições tão comuns na maioria das redes sociais.
Amor e aceitação
Para ajudar seus usuários a se libertarem de seus medos e inseguranças, o Blued firmou uma importante parceria com a ONG Casinha. A entidade carioca, que acolhe a população LGBTQIA + em situação de vulnerabilidade social, selecionou pessoas representativas e diversas para um ensaio fotográfico inspirador.
Nos cliques, esses personagens são maquiados e vestem looks babadeiros, com a proposta de valorizar seus corpos e mostrar uma imagem poderosa nas redes sociais da @casinhaacolhida e do @bluedbrasil.
São pessoas mega empoderadas e que aprenderam a se amar e serem respeitadas da maneira que são e que possuem muita história para contar sobre este processo de aceitação. Como é o caso do carioca Lucas Nascimento, de 23 anos.
Morador da populosa cidade de São João de Meriti, o jovem precisou aprender a ser forte desde cedo. “Na escola, sofri muito bullying, mesmo antes de me conhecer e entender minha bissexualidade. Eu era rotulado como gay e, para uma criança nascida em uma sociedade homofóbica, isso era um verdadeiro caos”, conta.
No entanto, essa sensação de falta de pertencimento acabou quando Lucas descobriu o universo da maquiagem e do vogue. “Eu amo e uso a maquiagem para me expressar e colocar toda a minha criatividade para fora. Já o vogue me ajuda no processo de autoaceitação. Amo fazer as performances com as mãos, porque, além de serem muito expressivas, elas são um tapa na cara das pessoas, que diziam que eu não deveria gesticular porque sou homem”.
E esses talentos dividem espaço com outra paixão: a biologia. Formado na área, atualmente ele é professor de ciências e a sala de aula é o seu palco! Isso é que é poder! “Hoje, encaro meu corpo como o meu templo e a minha singularidade, mas nem sempre foi assim. Antes, eu queria mudar muitas coisas nele, mas agora eu tento amá-lo e respeitá-lo, apesar de nem sempre ser fácil”, completa.
Já para Gabriel Leal, de 18 anos, que também participou do ensaio, lidar com rótulos sempre foi desafiador. “Acho difícil ser LGBTQIA + e não passar por algum constrangimento em algum ponto. Na rua, nunca sei como as pessoas vão ler meu gênero, já que, durante o dia, sou chamado de senhor e de moça diversas vezes e isso gera o medo de ser assediado”.
Sua auto descoberta aconteceu logo cedo, aos 11 anos. “Eu gostava muito de usar calça e absolutamente odiava usar saias. Dois anos mais tarde, conheci o que era ser trans e me identifiquei totalmente com isso. Mas só me senti seguro para sair do armário e viver como eu realmente sou aos 15 anos, quando tive o apoio de amigos para contar ao mundo sobre mim”, relembra.
Mesmo assim, Gabriel ainda se preocupava muito com o julgamento das pessoas. “Ficava inseguro se gostar de maquiagem me fazia menos homem, mas, com o tempo, passei a fazer o que gosto sem me preocupar tanto com a opinião alheia. Hoje, tenho muito orgulho de ser um homem trans em um relacionamento com outro homem, vivo pelo amor e pelo carinho”.
Para Matheus Souza, de 23 anos, foi o teatro que permitiu a ele se descobrir como pessoa, mas foi a drag queen Shannon Skarllet que mudou sua vida. “Com a Shannon eu alcanço coisas que talvez o Matheus não alcançaria tão rápido. Fico surpresa quando eu me transformo e me sinto diva”.
Para ele, construir essa persona toda inspirada na era disco foi algo bem natural. “Shannon Skarllet me completa. A cada vez que eu me monto, descubro novas coisas: modos de viver, pessoas nos atravessando… É uma maneira diferente de olhar para o próximo”, reflete.
Além deste ensaio fotográfico super inspirador, a parceira entre o Blued e a ONG Casinha também conta com outra super ação nas redes sociais: para cada postagem nas redes sociais com a hashtag #OrgulhoBlued, a instituição recebe R$1. Demais, não?
Conexões reais
Criado em 2000 pelo empresário chinês Baoli Ma, o aplicativo para dispositivo móvel Blued (disponível para Android e iOS) é um serviço de rede social baseado em geolocalização, que permite à comunidade LGBTQIA + se conectar de maneira conveniente, segura e com liberdade de expressão.
O app integra funções como transmissão ao vivo com feed de notícias sociais personalizáveis, chamadas de vídeo e voz, além de acesso aos serviços relacionados aos profissionais de saúde, nos mais diversos mercados selecionados.
A plataforma, que é líder mundial no universo LGBTQIA +, está disponível em 13 idiomas e conecta 63 milhões de usuários registrados em todo o mundo. É atualmente a maior comunidade LGBTQIA + online na China, Índia, Coreia do Sul, Tailândia e Vietnã e tem operações locais no Brasil, Japão, México, Filipinas e Estados Unidos.
0 Commentaires