O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ciente de que em seu país já morreram mais de 465 mil pessoas por conta da pandemia do novo coronavírus, voltou a minimizar a situação e ainda cometeu uma gafe daquelas ao dizer que se considera uma pessoa “infectável”.
O mico aconteceu durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, no fim da tarde desta terça-feira, 1º de junho. No vídeo, divulgado por canal bolsonarista no YouTube, Bolsonaro diz ser “homem três ‘is’. “Imbrochável, imorrível e incomível”. Depois ele acrescenta mais um adjetivo: “E infectável”.
De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, “infectável” significa “passível de ser infectado, contaminado”. Ou seja, o contrário do que queremos numa pandemia. Ao perceberem o mico que o “mito” havia pagado, apoiadores tentaram corrigi-lo na hora, alertando que o termo seria “ininfectável”.
Também estão errados. A palavra “ininfectável” não existe, segundo o Houaiss. O correto seria “incontaminável”. Mas só em termos gramaticais. Afinal, Bolsonaro já se infectou com a covid-19 e testou positivo para o coronavírus no dia 7 de julho de 2020.
Vem passar vergonha alheia você, também:
Bolsonaro chegou ao Alvorada de bom humor. Voltou a dizer que era um exemplar de homem I-I-I.
“O imbrochável, o incomível e o imorrível”.
Bolsonaro abriu um sorriso e pensou “agora eu se consagro”:
“E o infectável!”
(Depois ele foi corrigido, queria dizer ininfectável) pic.twitter.com/rpa6Sk5Ccl
— Dimitrius (@dimi1914) June 1, 2021
Como você pode ver, Bolsonaro se recusa a usar máscara, até mesmo perto de admiradores. Além de ter passado da marca de 465 mil mortos, desde o começo da pandemia, em março do ano passado, foram realizados 16.625.572 diagnósticos de coronavírus. Somente nas últimas 24 horas, o país registrou 77.898 novos casos da doença. Não é momento para baixar guarda para o vírus. Afinal, todos ainda somos infectáveis.
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