A Justiça de São Paulo obrigou o governo paulista a vacinar uma mulher de 63 anos com a CoronaVac, em vez da AstraZeneca. A decisão é porque a idosa tem um importante fator de risco para trombose.
Segundo a coluna Rogério Gentile, do portal Uol, a idosa também é portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica, com aumento em duas vezes do risco de infarto e AVC.
O juiz Emílio Migliano Neto alega, na decisão, que a vacina AstraZeneca pode causar trombose e cita o fato da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter pedido ao laboratório mudanças na bula do medicamento.
“Diante desse quadro, [A.L.B.] não poderá ser vacinada com a AstraZeneca, havendo expressa determinação médica nesse sentido e solicitação de aplicação da vacina CoronaVac”, afirmou o juiz na decisão.
O governo estadual paulista tentou anular a decisão, argumentando que as duas vacinas foram aprovadas e tiveram comprovação de eficácia e segurança. Também afirmou que não há contraindicação à aplicação da AstraZeneca em pessoas com os problemas de saúde da idosa.
A preocupação do governo é que situações semelhantes possam voltar a ocorrer afetando todo o planejamento da política estadual de vacinação no estado.
O desembargador Aliende Ribeiro, relator do processo, não aceitou a argumentação e disse que como a idosa já recebeu a primeira dose de CoronaVac não havia mais motivo para se discutir o mérito do recurso.
Todas as vacinas e medicamentos têm efeitos colaterais previstos em bula. Veja abaixo as reações provocadas pela AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer:
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