Mais uma vez, a Catraca Livre foi indicada ao Prêmio Comunique-se, considerado “o Oscar do jornalismo brasileiro”. Em todas as indicações e conquistas anteriores, o portal foi representado pelo jornalista Gilberto Dimenstein (1956 – 2020). Neste ano, um novo nome desponta na disputa da categoria Cultura – Mídia Digital: Wallace Leray. Com apenas 24 anos de idade, Wallace figura nos indicados entre grandes nomes do jornalismo cultural do Brasil, como Mauricio Stycer (UOL), Chico Barney (UOL) e Cristina Padiglione (Folha).
A votação dos indicados ao Prêmio Comunique-se é aberta ao público. Para participar, acesse o link, faça seu login (pode usar sua conta do Facebook para isso) e dê início à votação!
Conheça o trabalho de Wallace Leray
Wallace entrou na Catraca Livre em setembro de 2020, em plena pandemia do novo coronavírus. Pessoalmente, escrevo aqui como editor dele, sequer consegui conhecê-lo, já que estamos trabalhando de forma remota. Mas logo de início percebi seu potencial, especialmente para a editoria de Entretenimento.
Wallace é jovem, nasceu em Belém do Pará, e foi criado em São Paulo, onde mora até hoje. Sua entrada na Catraca Livre foi bastante celebrada, pois reacendeu na equipe editorial a vontade de trabalhar pautas relacionadas ao universo do cinema e da televisão, a partir de análises e repercussões, sem deixar de lado nossas causas identitárias.
Dentre tantos, um bom exemplo é a matéria sobre a série brasileira “Cidade Invisível”, da Netflix. Nela, o repórter trouxe à tona um tema bastante discutido nas redes sociais a respeito da produção: a falta de atores e atrizes indígenas no elenco. Isso porque a série aborda o folclore brasileiro, uma das principais heranças culturais do país. Personagens como o Saci Pererê, o Boto Cor de Rosa e o Curupira ganham vida na série, mas são representados por artistas sem qualquer ligação direta com a cultura indígena. Para falar sobre o tema, Wallace entrevistou dois representantes do movimento que encabeçavam os protestos digitais, e também trouxe uma análise sobre os estereótipos da cultura indígena. A matéria foi lida mais de 42 mil vezes, segundo dados do Google Analytics, e alcançou milhões de pessoas no Facebook e no Twitter.
Outra pauta feita por Wallace e que representa tão bem a Catraca Livre é uma matéria que fala sobre o filme “Fuja”, também da Netflix. Nela, o repórter discorre sobre a Síndrome de Munchausen, doença que acomete a personagem principal do longa. Essa mistura de entretenimento (filme) com informações de saúde (doença) é uma das marcas registradas da Catraca, explorada tão bem pelo repórter.
Não foi só no universo do cinema e da televisão que Wallace se aventurou. Diversidade também é tema recorrente nas pautas do repórter. Uma entrevista com a funkeira Mulher Pepita trouxe luz a uma situação ainda pouco vista no Brasil: o casamento de uma pessoa transexual. Até mesmo Big Brother Brasil entrou no currículo de Wallace. O reality show mais assistido no país despertou nele a ideia de fazer uma pauta sobre a forma como alguns dos confinados do BBB 21 militaram errado dentro da casa.
Foram tantas pautas bem trabalhadas, de forma a unir o entretenimento às causas defendidas pela Catraca Livre, que a indicação de Wallace Leray só veio coroar um período de trabalho ainda curto, mas com muito sucesso e expectativa. Que venha o troféu!
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