Um paciente de 71 anos, que estava internado com covid-19 em um hospital de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com suspeita de mucormicose, morreu na tarde de quarta-feira, 2. A doença é popularmente conhecida como fungo preto. O óbito foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (Seasu).
O homem, que era diabético e hipertenso, foi internado no dia 18 de maio com complicações provocadas pela covid-19. Dias depois, apresentou uma lesão e inchaço no olho, quadro característico da doença.
De acordo com a Seasu, foi feita a coleta da material da biópsia da lesão e enviado ao Laboratório Central do Estado (LACEN) para análise.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) emitiu um comunicado de risco para o estado, alertando para o provável caso de mucormicose.
Este é o terceiro caso suspeito desde a semana passada. Os outros são de um paciente com covid-19 em Santa Catarina e de um que morreu no Amazonas. Nesse caso, a pessoa tinha 56 anos , sofria de diabetes tipo 2 e teve resultado negativo no teste para covid-19.
Casos se espalham na Índia
Os casos de infecção por mucormicose tem aumentado na Índia desde o início de maio, especialmente entre pacientes com covid-19, ou entre aqueles que se recuperaram há pouco tempo e ainda estão com as defesas do organismo baixas.
A doença também tem sido diagnosticada com frequência entre pessoas com diabetes.
Apesar de preocupar autoridades sanitárias indianas, que vivem um momento crítico da pandemia de covid-19, a infeção causada pelo fungo preto não tem sido vista como uma ameaça à saúde pública global pelos especialistas.
O que é a mucormicose (fungo preto)?
A doença mucormicose é causada pela exposição ao fungo da família Mucoraceae, comumente encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição.
A infecção acontece quando se aspira os esporos do fungo ou quando o microrganismo entra em contato com feridas na pele.
O fungo comumente ataca os seios nasais, os olhos, os pulmões e pode atingir o cérebro. Muitas vezes, são necessárias mutilações por meio de cirurgias para retirar a parte do corpo afetada. O quadro mata mais de 50% dos pacientes acometidos.
Os casos graves são geralmente desenvolvidos por pessoas que estão com o sistema imunológico fragilizado, com doenças preexistentes ou que fazem uso de medicamentos que baixam a imunidade.
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