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Professora é presa em flagrante em bar do Rio após ser racista

Na madrugada do último sábado, 29, a professora Ana Paula de Castro Batalha foi presa em flagrante após ter sido racista com uma garçonete e outras clientes do bar que estava frequentando na zona norte do Rio de Janeiro. Em vídeo que circula nas redes sociais, ela aparece cercada por policiais militares, e admite o crime de racismo.

O caso foi parar na 19ª DP, na Tijuca, onde foi registrado o flagrante. Segundo testemunhas, Ana Paula xingou ofendeu funcionárias e outras clientes que tentaram intervir chamando de “preta”, “preta suja”, “negra fedida” e “ladra”. Horas depois, a professora foi liberada após pagar uma fiança que equivale a dois salários mínimos, cerca de R$ 2.200.

Professora é presa em flagrante no Rio após ser racista com garçonetes

Os funcionários do estabelecimento foi os que chamaram a polícia após a professora xingar a garçonete Rosilene Carvalho.

“Chegou essa senhora acompanhada de um rapaz. Ela disse que estava ali aguardando há horas e ninguém olhava para ela. Nisso ela me pediu uma cerveja e uma água e deixou bem claro: eu quero que a água venha fechada, pois eu tenho medo que você cuspa nela. Foi com essas palavras que ela se referiu. Na hora eu senti um impacto, claro. Busquei a água e comentei com meu patrão sobre o acontecido, para ele ficar ciente caso viesse acontecer alguma coisa”, contou Rosilene.

Depois, a garçonete se equivocou e entregou a Ana Paula a conta de outra mesa.

“Fechei a conta dela e equivocadamente, por erro meu, sem querer, até pelo cansaço do dia, eu inverti as contas, né? Entreguei a conta de uma mesa que tinha dado R$ 264 e a conta dela, que tinha dado R$ 84. Percebi o equívoco e fui até ela. Já era tarde. Já estava levantada, exaltada em cima de mim, gritando palavras que eu era ladra, que eu era uma negra suja, que queria roubá-la, que eu atendi muito mal, que tinha pena de mim”, relata.

Nas redes socias, o bar fez uma publicação sobre a situação: “Diante do ocorrido, tivemos que conter a fúria de todos presentes para que não acontecesse um linchamento. Chamamos a polícia e fomos todos para a delegacia. A delegada decretou a prisão desta pessoa! Foi em cana! CADEIA! Lamentamos muitos pelos nossos funcionários e clientes que passaram por esta experiência. Nos colocamos à disposição com nosso suporte jurídico para acompanhamento e prosseguimento no processo. Aqui não toleramos racistas, homofóbicos e xenófobos! Vão pro inferno!” diz a publicação.

Veja também: Racismo: saiba como denunciar e o que fazer em caso de preconceito

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