Na manhã da última terça-feira, 13, o cirurgião plástico Klaus Brodbeck foi alvo de uma operação após denúncias de abusos sexuais cometidos em sua clínica. A polícia investigava os depoimentos de 12 mulheres em Porto Alegre. Esse número aumentou para 30, depois 40 e, agora, são 72. Duas ex-funcionárias estão entre as denunciantes.
Em comum, elas relataram que os exames extrapolavam o necessário para a cirurgia estética.
O médico é, inclusive, investigado por estuprar uma paciente sedada após cirurgia.
“Desde a primeira vez que eu fui lá para colocar silicone, era só para fazer o peito, e ele já pediu para tirar toda a roupa”, contou uma das vítimas à RBS, filiada da Rede Globo no estado. “Ele fazia uns olhares muito constrangedores, passava a mão no corpo de uma forma muito constrangedora.”
“Ele se gabava dessa situação nos ambientes que frequentava. Ele chegava por exemplo em locais e contava o que acontecia, contava que teve relações com as pacientes, contava pros outros como se fosse grande feito”, disse a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, que investiga o caso.
Brodbeck prestou depoimento quinta-feira, 15, e, à polícia, negou as acusações.
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.
Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.
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