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Casal se fantasia de ‘nega maluca’ em festa evangélica e gera revolta

Um casal se fantasiou de “nega maluca” em uma festa de uma igreja evangélica, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, no último sábado, 23, gerou revolta.

Casal se fantasia de ‘nega maluca’ em festa evangélica e gera revolta

Com os rostos pintados com tinta preta e perucas de cabelo afro, o casal postou uma foto nas redes sociais, considerados racistas por movimentos negros e sociais, durante um evento realizado pela Igreja Batista Atitude.

Após a repercussão negativa, a foto foi apagada e o perfil  do casal nas redes sociais foi tornado privado.

O Segmento de Culturas Afro-Brasileiras, Quilombolas e de Matriz Africana de Petrópolis cobrou que medidas sejam tomadas.

“Importante frisar que o corpo negro não é entretenimento e muito menos uma fantasia para alegrar festas. Práticas como esta são enquadradas no Racismo Recreativo, uma forma de desumanizar a população negra, utilizando de forma depreciativa tal atitude. Solicitamos que as autoridades locais tomem as medidas cabíveis”, diz o texto.

O vereador Yuri Moura (PSOL), presidente da Comissão de Educação, Assistência Social e Defesa dos Direitos Humanos da Câmara de Petrópolis, pediu apuração de crime de racismo e apresentou uma notícia crime ao Ministério Público.

Após a repercussão, a Igreja Batista Atitude publicou uma nota, em seu perfil no Instagram, dizendo que as fantasias foram escolhidas para o evento a critério de cada um, individualmente, e que “as partes envolvidas não tinham conhecimento do que é “BlackFace”, portanto, fizeram suas fantasias sem a intenção de serem racistas”.

“Sabemos quem somos como igreja e jamais admitiremos qualquer tipo de discriminação em nosso meio. Nós em momento algum fizemos qualquer tipo de discriminação. Nós amamos a todos, sem exceção, assim como Cristo nos ensina em João 13:34”, diz um trecho da nota, assinada pelo pastor Wallace Cardoso.

O que é racismo estrutural?

Quem responde esta pergunta é o autor e advogado Silvio Almeida, responsável pela obra “Racismo Estrutural”, que mostra como o racismo é parte estruturante das desigualdades sociais no Brasil. Vídeo: @andredahmer / Reprodução Instagram

Posted by Catraca Livre on Friday, June 19, 2020

Veja também: Racismo estrutural: ‘as empresas precisam ir além das cestas básicas’

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