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Dia do Poeta: 10 poesias sensuais para mandar pro crush 🔥

Neste dia 20 de outubro comemora-se o Dia do Poeta. A data foi escolhida por uma razão muito especial: em  20 de outubro de 1976, em São Paulo, surgia o Movimento Poético Nacional, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia.

Dia da poesia com poemas calientes para mandar ou ler com o crush

Já no dia 31 de outubro é celebrado o Dia da Poesia em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade que nasceu nesta data no ano de 1902.

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Com um mês repleto de homenagens à arte de escrever e de encantar, separamos cinco poesias calientes para ajudar na cantada com o crush. Confira! 🔥🔥🔥

Do desejo I 

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.

(Hilda Hilst)

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A língua lambe

A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.

E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos…

(Carlos Drummond de Andrade )

Poema Sujo

azul era o gato
azul
era o galo
azul
o cavalo
azul
teu cu

tua gengiva igual a tua bocetinha
que parecia sorrir entre as folhas de
banana entre os cheiros de flor
e bosta de porco aberta como
uma boca do corpo
(não como a tua boca de palavras) como uma
entrada para

(Ferreira Gullar)

A cópula

Depois de lhe beijar meticulosamente
O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
Culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o, incontinenti
Não pode ele conter-se e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alterou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

(Manuel Bandeira)

Well Fucked

É muito bonita essa coisa de língua e dedo,
todo esse platonismo aflito,
auto satisfazendo o corpo
sem ter nenhuma vergonha ou medo.
Mas me desculpem as meninas
e os senhores que não tem pau:
ele é fundamental.

(Flá Perez)

Use os meus beijos

Use os meus beijos,
para se satisfazer.
Cada um com um sabor
todos dedicados a você.

Use os meus beijos,
abundantemente quentes,
Deliciosamente ardentes,
para encharcar-te de prazer.

Use-os molhados,
Utilize-os dedicados.
Busque novas texturas,
Aproveite-os com gula.

São nos meus beijos,
que encontrara,
toda a minha “fúria”
em possuir você.

(Enide Santos)

Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci….

(Olavo Bilac)

De redondo cu

de redondo cu
eu cúbica te quero
como cólera química ou paz comum
que nada tão navega
a tua nádega núbica
de redondo nenúfar
nu furioso.no volume do cu

velo o teu lume
ocioso cio de culher
nos colhões que te encosto
pelas costas
no cu que te descubro
pelo olho
no volume que rasgo
pela vela
do duro coração na cumoção
de ter-te pelas tetas
culocada na posição
decúbita
culada
da comunicação.

(E. M. de Melo e Castro)

Você jazz

você entra…
você sai… eu sus… eu sus…
você vem… você vai… eu piro… piro…
você faz tudo você entra… você sai…eu hummm… hummpmmh
você vem…
você sai…
eu deixo você vem… você entra… você sai..
eu deixo
você entra… você vem… fundo fundo
eu fecho
você jazz.

(Marise Tietra)

As mulheres gulosas

As mulheres gulosas
que chupam picolé
— diz um sábio que sabe —
são mulheres carentes
e o chupam lentamente
qual se vara chupassem,
e ao chupá-lo já sabem
que presto se desfaz
na falácia do gozo
o picolé fuginte
como se esfaz na mente
o imaginário pênis.

(Carlos Drummond de Andrade)

Veja também: Campeã nacional de poesia é mulher, negra e nascida na periferia

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