Uma rara infecção sexualmente transmissível chamada donovanose tem sido mais frequentemente diagnosticada na Inglaterra, segundo especialistas em saúde.
A doença provocada por uma bactéria pode provocar o aparecimento de feridas na região dos órgãos genitais, que, se não tratadas, podem se transformar em úlceras com forte odor e causar a decomposição da pele.
De acordo com o jornal The Sun, dados da Public Health England mostram que casos da infecção aumentaram de 19, em 2016, para 30 em 2019.
Ainda assim, é uma doença rara se comparada com as outras infecções sexualmente transmissíveis. Em toda a Inglaterra, de 2016 a 2020, foram registrados 114 casos de donovanose, contra com mais de um milhão de casos de clamídia e 266.000 de gonorreia.
A transmissão de donovanose pode ocorrer a partir da relação sexual sem proteção com uma pessoa infectada, mas ela segundo a ginecologista e obstetra da London MyHealthcare Clinic, Shree Datta, um pequeno número de pessoas pode ser infectado pelo contato pele a pele.
“Casos graves podem levar a cicatrizes permanentes e danos aos órgãos genitais, bem como descoloração e até mesmo inchaço irreversível”, disse a médica ao The Sun.
Outra fator preocupante é que devido ao fato das feridas da donovanose serem abertas, elas são porta de entrada para infecções secundárias, estando a doença associada a um maior risco de infecção pelo HIV.
O que é a donovanose
De acordo com o Ministério da Saúde, é uma IST pouco frequente, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Ela acomete preferencialmente a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus, causando úlceras, que podem destruir a pele infectada.
Sinais e sintomas
Os primeiros sinais após o contágio são caroços indolores ao redor dos órgãos genitais ou do ânus que aumentam de tamanho e assumem uma aparência avermelhada.
A ferida costuma sangrar facilmente. Sem tratamento, pode infeccionar e resultar em dores e cheiros desagradáveis.
Diagnóstico e tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.
Ao término do tratamento, é necessário retorno à consulta, para avaliação de cura da infecção.
Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja finalizado.
Veja também: Brasil tem 360 mil casos de sífilis em 36 meses; veja os sinais
0 Commentaires