A famosa sibutramina e mais outros três medicamentos para emagrecer tiveram sua produção e venda barradas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou uma lei que liberava essas substâncias mediante receita médica específica.
A decisão veio após ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que alegou que a toxicidade desses remédios no organismo é desconhecida.
A femproporex, mazindol e anfepramona, por exemplo, são alvo de restrições na Europa e nos Estados Unidos desde os anos 1990. Já sibutramina, tem uso regulamentado em alguns países, mas com limitações.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já tinha imposto uma série de restrições a esses medicamentos afirmando que os riscos superam significativamente os seus benefícios.
Os efeitos colaterais das substâncias, segundo a entidade, podem incluir dependência física e psíquica, ansiedade, taquicardia e hipertensão arterial, entre outros.
Como funcionam esses medicamentos?
Dos quatro medicamentos, a sibutramina é o único disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes obesos. O medicamento, que é vendido nas farmácias com o nome comercial de Reductil, Biomag, Nolipo, Plenty ou Sibus, atua no sistema nervoso central, aumentando rapidamente a sensação de saciedade, evitando que a pessoa coma em excesso.
Um dos problemas é que a sibutramina tem um efeito vasoconstritor e leva ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumentando o risco derrame e infarto.
Sem contar a lista longa de efeitos colaterais, que incluem boca seca e amarga, náusea, estômago irritado, constipação, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, alteração de humor e dor nos músculos e nas articulações.
Já a anfepramona, o femproporex e o mazindol são drogas sintéticas, produzidas em laboratório, da classe dos anorexígenos.
São substâncias classificadas como psicotrópicos e têm o mesmo objetivo da sibutramina. Elas estimulam a atividade do sistema nervoso central, com a finalidade de induzir a aversão ao alimento e falta de apetite.
Os riscos envolvem dependência, problemas cardíacos até psiquiátricos, como ansiedade, depressão e pânico.
Além disso, estudos já mostraram que, quando esses medicamentos são interrompidos, há o risco das pessoas engordarem novamente, algumas vezes ultrapassando o peso anterior, principalmente se não houver mudanças no hábitos e na alimentação.
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