As unidades de saúde da cidade de São Paulo tem notado um aumento significativo de pessoas com síndrome gripal. De acordo com o coordenador da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), Luiz Artur Vieira Caldeira, embora ainda não dê para ligar a situação à epidemia de gripe no Rio, os casos colocam a capital paulista “em alerta para o que pode acontecer nos próximos dias”.
“A certeza hoje é o aumento dos casos de vírus respiratórios não relacionados com a covid-19. Isso preocupa, acende a luz de alerta. As pessoas têm que redobrar os cuidados pessoais: uso de máscara, higiene das mãos, evitar aglomeração”, afirmou Caldeira à CNN.
Ainda segundo Caldeira, os casos de infecções por vírus respiratórios de outros vírus estão subindo de maneira lenta desde agosto na capital paulista, mas em dezembro praticamente dobrou a busca de pessoas com sintomas respiratórios nas unidades de saúde, urgência e emergências. A maioria com teste negativo para covid-19.
Os casos de gripe ainda não superam os de covid-19 na cidade, mas especialistas apontam que a tendência é a situação poderá inverter, assim como a situação atual no Rio de Janeiro.
Sem proteção vacinal
A curva acentuada de casos de síndrome gripal, em parte, tem sido causado pelo vírus H3N2, que está em circulação na cidade, e que escapa à vacina que é aplicada há seis meses.
O vírus que causa esse subtipo de influenza não é novo, mas começou a circular com mais intensidade no hemisfério norte nos últimos meses.
A gripe tem uma letalidade menor que a covid-19, embora idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades tenham mais chances de evoluir para quadros graves.
Muitas pessoas que se tiveram gripe este ano relataram sintomas intensos, como febre alta e indisposição.
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