No dia 23 do último janeiro, Izac Gomes denunciou o vereador Renato Oliveira (MDB-SP) por injúria racial no Estrelas Full Condominium, na Barra da Tijuca, no Rio. Menos de um mês depois, ele foi demitido do cargo de supervisor operacional.
O episódio repercutiu nacionalmente. Gomes trabalhou no condomínio por quatro anos, sem ter recebido advertência alguma no período, e não foi desligado por justa causa.
Sem apoio jurídico, Gomes procurou a Comissão de Trabalho da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça da Assembleia do Rio.
Uma representante da equipe jurídica da deputada Mônica Francisco (PSOL), segundo a coluna de Berenice Seara no jornal “Extra”, acompanhou o homem ao Núcleo contra a Desigualdade Racial da Defensoria Pública e entrará em contato com o Ministério Público do Trabalho.
De acordo com a deputada, a injúria racial não termina “no momento das ofensas”.
Relembre o caso de racismo
Renato Oliveira (MDB), presidente da Câmara Municipal de Embu da Artes, na Grande SP, foi detido e indiciado por injúria racial e resistência depois de se dirigir a um funcionário do local com palavras racistas.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um policial dentro da piscina do condomínio de luxo segurando o parlamentar para retirá-lo do local.
Oliveira foi detido e levado à Delegacia da Taquara (32ª DP), na região de Jacarepaguá. Após prestar depoimento, o vereador foi liberado.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Renato Oliveira negou que tenha sido racista. O parlamentar disse que a confusão começou por causa de uma caixinha de som ligada e que sequer conversou com o funcionário que o acusou de injúria racial.
Segundo o vereador, por não haver motivo para a prisão, alguns moradores “que não aceitam” a presença de pessoas da favela “tiveram que inventar um crime” para justificar o chamado da Polícia Militar no local.
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