As autoridades de saúde dos Estados Unidos identificaram uma segunda cepa da varíola do macaco (monkepox) em análises genéticas de casos recentes. A descoberta anunciada na semana passada levanta a possibilidade de que o vírus esteja circulando por mais tempo do que os especialistas pensavam inicialmente, porém, sem causar grandes alardes.
“Certamente, é possível que tenha havido casos de varíola nos Estados Unidos que passaram despercebidos anteriormente, mas não em grande medida”, explicou Jennifer McQuiston, porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
Segundo ela, será necessário analisar mais casos para entender melhor há quanto tempo o vírus circula.
Para a porta-voz do CDC, pode haver casos de transmissão comunitária em partes dos EUA onde o atual surto ainda não foi identificado oficialmente.
Até o momento, foram registrados 20 casos da doença no país, segundo o CDC. A maioria desses casos está ligada a viagens internacionais e à mesma variante relatada na Europa.
No entanto, algumas amostras genéticas mostram outra cepa em casos de pessoas que viajaram recentemente para a África Ocidental e Oriente Médio. Ambas as cepas nos EUA compartilham ancestrais comuns para variantes que estavam presentes na Nigéria desde 2017.
Mais difícil controle
Para alguns especialistas norte-americanos a descoberta significa que o surto provavelmente será mais difícil de conter, já que não está claro há quanto tempo as infecções estão acontecendo e onde.
Além disso, alguns pacientes com a doença podem ter sido diagnosticados erroneamente com outra condição.
Surto no mundo
A varíola do macaco (monkeypox) é endêmica em partes da África, mas desde o início de maio os casos começaram a ser detectados na Europa e nos EUA.
O que logo chamou a atenção é que muitos casos diagnosticados não tinham histórico de viagem internacional.
A doença basicamente é transmitida quando alguém tem contato próximo com uma pessoa infectada. O vírus tem algumas portas de entrada conhecidas; são elas: lesões na pele, olhos, nariz e boca.
Embora esteja sendo investigado, o vírus ainda não foi descrito como uma doença sexualmente transmissível. Porém, pode ser passado durante a relação sexual pela proximidade entre as pessoas e o contato com a pele.
Sintomas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação do vírus (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da varíola do macaco é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.
Os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, glândulas inchadas, calafrios e exaustão. Uma erupção geralmente aparece após alguns dias, começando no rosto e depois se espalhando para outras partes do corpo.
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