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Mulher é agredida com facão e perde olho por intolerância religiosa

A manicure Bruna Domingues Vaz perdeu a visão do olho direito devido a um ataque de um desconhecido que se irritou por causa do samba da Grande Rio em homenagem a Exu.

Mulher é agredida com facão e perde olho por intolerância religiosa</p> <p>

Ele a atacou com um facão por se irritar com a música da escola campeã do carnaval carioca. O crime ocorreu em Itaboraí (RJ) e o homem está foragido há seis meses.

Bruna ouvia a música dentro de casa e, antes da agressão, foi chamada de macumbeira.

“Ele já veio com facão e não queria saber aonde ia pegar e em quem ia pegar”, contou à TV Globo.

“Eu estava na calçada, foi na hora que eu passei, e o facão veio me acertar.”

Exu da Grande Rio

No Carnaval deste ano, a escola Acadêmicos do Grande Rio entrou na Marquês de Sapucaí com um enredo sobre a entidade que é demonizada por parte do cristianismo.

O ator Demerson D’Alvaro, de 35 anos, interpretou Exu no desfile da Grande Rio. Ele é filho de uma evangélica e neto de uma umbandista.

Essa não é a primeira vez de D’Alvaro como Exu: ele já representou a entidade na comissão de frente da Salgueiro, em 2016. Neste ano, o ator foi içado a uma altura de dez metros e comeu o padê, alimento feito a base de farinha e dendê.

A preparação para o desfile foi com a mãe de santo da família, Rute.

Veja também: Terreiro de candomblé é vandalizado no Rio

Cartilha contra a intolerância

A prefeitura do Rio de Janeiro produziu a Cartilha Rio de Combate à Intolerância Religiosa, que pode ser baixada gratuitamente no site da prefeitura do Rio de Janeiro. O documento detalha as práticas que configuram intolerância religiosa, as leis de combate ao crime e as formas de denunciá-lo.

A cartilha foi produzida pela Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa e pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (Segovi), por meio da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial, com o objetivo de conscientizar a população carioca sobre o respeito à multiplicidade de crenças, assegurado pelo Artigo 5º da Constituição, e de ajudar as vítimas de intolerância a acessar os canais de denúncia.

Veja também: ‘Exu da Grande Rio’ participa de projeto social

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