O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descartou que a morte de duas pessoas em Salvador, na Bahia, tenha sido causada por encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como “doença da vaca louca”.
De acordo com a pasta, a investigação até o momento indica doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) do tipo esporádica, sem relação com a ingestão de carne bovina.
“O ministério reforça ainda que o consumo de carne e produtos derivados de bovinos no Brasil é considerado seguro, não representando risco para a saúde pública”, informou.
Além das duas mortes, outras três pessoas foram infectadas, sendo que duas estão hospitalizadas com sintomas de infecção no cérebro.
Doença de Creutzfeldt-Jakob
Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por provocar uma desordem cerebral com perda de memória e tremores.
De acordo com o Ministério da Saúde, é uma condição de rápida evolução, e de forma inevitável, leva à morte do paciente.
A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é um tipo de Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET) que acomete os humanos. As EET são chamadas assim por causa do seu poder de transmissibilidade e suas características neuropatológicas que provocam alterações espongiformes no cérebro das pessoas (aspectos esponjosos).
A causa e transmissão desta doença estão ligadas a uma partícula proteinácea infectante denominada de “PRÍON” (do Inglês Proteinaceous Infections Particles). Os príons são agentes infecciosos de tamanho menor que os dos vírus, formados apenas por proteínas altamente estáveis e resistentes a diversos processos físico-químicos.
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