Ana Lúcia Torre concedeu entrevista a coluna de Lucas Pasin do UOL para falar sobra a convivência com Cássia Kis nos bastidores da novela “Travessia” da TV Globo. As duas fazem parte do elenco da novela das 9, mas Ana diz preferir não causar polêmica com a atriz para ser cordial no ambiente de trabalho. Atualmente, as duas estão em lados opostos na política, sendo Cássia uma bolsonarista convicta.
No papel de tia Cotinha na trama de Glória Perez, Ana Lúcia diz utilizar de muito profissionalismo para não se abalar com as opiniões expressadas por Cássia Kis, que além de afirmativas homofóbicas, tem ido em manifestações antidemocráticas que contestam o resultado da eleição presidencial.
“Não é agradável para mim. Não vou dizer em nome dos outros do elenco, mas essas falas homofóbicas, as manifestações, não fazem o meu gênero”, disse Ana Lúcia.
“Sou uma pessoa de extrema fé. Acredito em Deus profundamente. Mas o meu Deus é agregador. Ele não é preconceituoso. Por exemplo: como não vou gostar de uma pessoa negra apenas porque sou branca? É meu irmão em Cristo. Existem atitudes por aí que não gosto”, disse a atriz.
Ana Lúcia, porém, evita se desagradar com a colega de elenco, e achou uma solução enquanto estão trabalhando no mesmo projeto: “Eu trabalho com ela, né? Então quando estamos juntas ela é a Cidália [personagem]. Foi a solução que encontrei para mim para não ficar um clima nesse ambiente”.
A atriz também chegou a falar sobre suas expectativas para o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
“Acredito em muitas mudanças. No aspecto artístico, sofremos bastante com a não liberação de verbas, vários entraves, e muitas campanhas contra a classe. Inverteram todo o significado da Lei Rouanet, como se nós fossemos culpados por tudo que acontecia. Enfim, é um processo. Cultura é absolutamente necessária para um povo. Quem não tem cultura e educação só anda para trás”.
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