O cantor Maluma abandonou uma entrevista ao ser questionado sobre as violações dos direitos humanos no Catar, país sede da Copa do Mundo em 2022. O colombiano vai ser uma das atrações da cerimônia de abertura da Copa do Mundo neste próximo domingo, 20. Dua Lipa e Shakira foram algumas das artistas desistentes de participar do evento devido às questões sociais impostas pelo país e que vão contra o progressismo de pautas de direitos humanos aderidas por grande parte da população mundial.
“Você não tem problemas com as violações aos direitos humanos nesse país?”, questionou o repórter da TV estatal de Israel, Kan. Visivelmente incomodado com a pergunta, o artista falou que sim, no entanto que é algo que não pode ser resolvido por ele. “Eu só vim pra cá pra aproveitar a vida, o futebol, a festa do futebol. Isso não é, na verdade, algo que eu preciso estar envolvido”, respondeu.
Após o jornalista insistir no assunto, Maluma ficou irritado, e perguntou para alguém nos bastidores se precisava responder à pergunta. Na sequência, o artista se levantou e deixou a entrevista, chamando o repórter de “rude”. Sem entender o porque do artista deixar a entrevista sem explicação, o jornalista, por sua vez, questiona: “Você me achou rude?”
PESOU O CLIMA! Maluma se irrita e sai no meio de uma entrevista após perguntarem o motivo dele cantar na Copa do Mundo, mesmo sabendo que o Qatar não respeita os direitos humanos. pic.twitter.com/TIwqeUw5MA
— UpdateCharts (@updatecharts) November 19, 2022
Maluma é um dos cantores da música oficial do FIFA Fan Festival, “Tukoh Taka”, ao lado de Nicki Minaj e da cantora libanesa Myriam Fares. Outros artistas vão se apresentar durante a competição: Sean Paul, J Balvin, Jungkook (do BTS) e Black Eyed Peas.
A abertura da Copa do Mundo do Catar ocorre no estádio Al Bayt, a 40km de Doha, antes da partida entre Catar e Equador.
Homossexualidade é crime no Catar
No Catar, a homossexulidade é considerada crime e a pena pode ser a morte. Inclusive, o embaixador da Copa do Mundo deste ano, Khalid Salman, já se referiu ao tema como “dano mental”. Diante de questionamentos, a Fifa disse que bandeiras com as cores do arco-íris (símbolo do movimento LGBTQIAP+) vão ser permitidas e, inclusive, bem-vindas nos estádios da Copa do Mundo.
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