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O que o presidente da Fifa falou sobre gays e pessoas com deficiência?

Gianni Infantino, presidente da Fifa, deu entrevista neste sábado, 19, e causou revolta ao falar sobre gays e pessoas com deficiência. O dirigente discursou por 45 minutos e um dos trechos se comparou com a vivência sofridas por minorias, mesmo sendo um homem branco europeu e heterossexual.

O que o presidente da Fifa falou sobre gays e pessoas com deficiência?

“Eu me sinto qatari, árabe, africano, gay, com deficiência… eu sinto tudo isso. Quando eu vejo essas coisas e o que dizem, eu lembro de histórias pessoais. Meus pais trabalharam em situações muito difíceis e não no Qatar, mas na Suíça, e eu me lembro muito bem o que acontecia com os passaportes, com os exames médicos e condições em geral. Quando eu vim para Doha eu entendi que tinham coisas a melhorar, e hoje eu posso dizer que o Qatar também evoluiu nisso”, disse o dirigente ao relembrar o bullying que sofreu na infância “por ser ruivo”.

“Claro eu não sou qatari, árabe, gay, africano, deficiente, não sou um trabalhador, mas eu me sinto como eles. Porque eu sei como é ser discriminado, como é sofrer bullying, como é ser estrangeiro. Eu quando era criança na escola sofria por ter cabelo vermelho, por ser italiano e não falar bem alemão. E o que você faz? Você olha para baixo, chora, e aí você tenta fazer amigos, tenta falar e se envolver, tenta com esses amigos se engajar. Você não xinga, não briga, você tenta se enturmar. E isso é o que a gente tem que fazer”, acrescentou.

No final da coletiva de imprensa, Bryan Swanson, diretor de relações com a imprensa da Fifa, terminou o discurso de Infantino se declarando gay para dizer que a entidade onde trabalha é sim inclusiva e se preocupa com as pessoas de todas as orientações sexuais.

Veja também: Em tentativa de discurso apaziguador, diretor da Fifa se declara gay

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