O empresário Júnior César Peixoto, de 41 anos, mais conhecido como Patriota do Caminhão, se manifestou pela primeira vez após viralizar como um dos melhores memes do ano, na última quinta-feira, 3. Ele disse que achou que iria morrer.
O homem de 41 anos ganhou o apelido de Patriota do Caminhão nas redes sociais após ser filmado agarrado na parte externa frontal de um caminhão em movimento, que não aceitou ficar parado em um bloqueio de rodovia realizado por bolsonaristas em Caruaru (PE).
Segundo ele, as imagens foram feitas na manhã de 2 de novembro. O Patriota do Caminhão contou que chegou ao local do bloqueio, no quilômetro 132, da BR-232, na noite anterior para levar água e comida aos manifestantes e que se pendurou no caminhão para não ser atropelado.
“Cheguei lá para levar água e comida para o pessoal. Eles estavam discutindo a possibilidade de abrir uma das faixas definitivamente. Levantei a mão gesticulando para que ele tivesse um pouco mais de paciência. Só que ele não esperou. Ele acelerou e a minha reação foi segurar no limpador do para brisa dele”, explicou.
Peixoto contou que depois que o caminhão foi aumentando a velocidade, ele decidiu não pular, pois “seria fatal”.
O Patriota do Caminhão contou que ficou cerca de 10 minutos agarrado no caminho e que neste momento só pensava na possibilidade de não ver mais a sua família. Ele conta que só conseguiu descer do veículo após gritar com o motorista e dizer que ele iria o matar. “Eu só lembrava daquela cena à beira do precipício”, contou.
O homem contou que não contou que ao descer da parte da frente do caminhão não dialogou com o motorista e que não conseguiu pegar a placa. Segundo ele, pessoas que estavam na manifestação tentaram acompanhar de moto, “mas não conseguiram alcançá-lo”.
O Patriota do Caminhão disse ser um bolsonarista convicto e que votou no presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e em 2022.
Ele nega que foi à manifestação bolsonarista contestar o resultado das urnas, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente para o mandato que começa em 2023. “Enquanto não me apresentarem as provas, como cidadão comum, eu tenho o dever de acreditar (no resultado das urnas)”.
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