A Advocacia-geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que foi exonerado na tarde deste domingo, 8, após invasão de terroristas bolsonaristas aos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio da Alvorada.
A GU reivindicou também ao STF a prisão em flagrante de todos os criminosos.
O ex-secretário está de “férias” na Flórida (EUA) enquanto extremista vandalizavam a sede dos Três Poderes. Cerca de uma hora depois da invasão, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou a exoneração de Torres.
Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios.
— Ibaneis Rocha (@IbaneisOficial) January 8, 2023
Mais cedo, Anderson Torres se manifestou nas redes sociais quando ainda estava oficialmente no cargo. Em uma série de tuítes, ele afirmou que “havia determinado providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília” e que “criminosos não sairão impunes”.
“É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei”, escreveu o secretário exonerado.
Quem é Anderson Torres?
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres foi nomeado na última segunda-feira, 2, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Delegado da Polícia Federal desde 2003, Anderson Torres tem uma trajetória profissional bastante familiarizada com as demandas da segurança na capital da República.
Ele atuou como secretário da pasta entre 2019 e 2021, durante o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB), reeleito em primeiro turno.
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