Uma cepa nova comedora de carne do vírus mpox foi identificada. Segundo os cientistas, a variante é mais mortal em pessoas com HIV avançado.
A mpox, que anteriormente era chamada de monkeypox, infectou milhares de pessoas no ano passado, provocando uma “emergência de saúde pública”, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agora, um novo estudo publicado no Lancet determinou que o vírus mortal tem um impacto maior naqueles com vírus da imunodeficiência humana.
Pesquisas anteriores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças descobriram que aproximadamente 38% das pessoas infectadas com mpox também tinham HIV.
“Atualmente, existe uma lista de quatorze infecções que se comportam de maneira diferente e são particularmente perigosas para pessoas imunossuprimidas com infecção avançada pelo HIV”, disse a professora Cloe Orkin, da Queen Mary University of London, ao The Sun sobre o novo estudo.
“Essas são chamadas de ‘condições definidoras de AIDS’ pelas agências internacionais de saúde pública”, continuou Orkin, que foi uma dos autoras do estudo, acrescentando que os médicos usam essa classificação para “orientar o tratamento de pessoas com maior risco de morrer”.
Ela argumentou que o vírus mpox deveria ser classificado como tal, devido à sua natureza “oportunista”.
Como foi feito o estudo?
O estudo analisou os dados de 382 pessoas que foram diagnosticadas com mpox enquanto também tinhamHIV ou uma contagem de células CD4 inferior a 350 células mm (um indicador de HIV). A análise incluiu ainda 27 pacientes que morreram de infecção por mpox.
Os pesquisadores descobriram que aqueles com mpox e contagens avançadas de HIV ou CD4 de menos de 100 células por mm eram mais propensos a sofrer de doenças graves e complicações. Eles relataram lesões de pele, problemas pulmonares, infecções secundárias e até sepse.
Na época do auge do mpox, um número limitado de vacinas para o vírus causador de lesões foi fornecido para aqueles com maior risco de exposição.
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