Nos últimos anos, a literatura científica apontou inúmeras evidências sobre os impactos da obesidade no corpo e como ela está associada a doenças cardíacas, sanguíneas e mais recentemente ao risco de Alzheimer.
É o que mostra estudo desenvolvido por cientistas da Universidade McGill, em Montreal, que promoveu varreduras cerebrais em mais de 1.300 pessoas, comparando diretamente os padrões de encolhimento do cérebro em pessoas obesas e com Alzheimer.
Levando em conta aspectos como os danos aos vasos sanguíneos do cérebro e acúmulo de proteínas anormais, as varreduras revelaram um afinamento cerebral semelhante em regiões envolvidas no aprendizado, memória e julgamento em ambos os grupos. O relatório foi publicado no Journal of Alzheimer’s Disease.
Para chegar aos resultados observados, foram avaliados exames cerebrais de 341 pacientes com Alzheimer e 341 indivíduos obesos com IMC de 30 ou mais, juntamente com exames de 682 indivíduos saudáveis.
A pesquisadora de metabolismo Sabrina Diano, diretora do Instituto de Nutrição Humana do Columbia Irving Medical Center, deu mais detalhes sobre o procedimento. “Sabemos que se você pegar um camundongo com predisposição genética para desenvolver a doença de Alzheimer e colocá-lo em uma dieta rica em carboidratos e gordura – semelhante à dieta ocidental – você pode induzir aumentos no peso corporal do animal e, à medida que eles ganho de peso comprometimento cognitivo e a degeneração do cérebro é acelerada”, explicou.
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