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Extrato de chá verde está associado a danos ao fígado, diz estudo

Catequinas, presente no chá verde, também estão associados à redução do colesterol – iStock/Getty Images
Créditos: isa-7777/istock

Alternativa comum para quem busca melhorias para a saúde, os suplementos estão associados ao aumento do desempenho do corpo e da mente. Apesar disso, nos últimos anos, relatórios indicam crescimento de efeitos adversos associados ao seu consumo, muitos envolvendo um conhecido suplemento: o extrato de chá de verde.

Considerada uma das bebidas mais populares em todo o mundo, por conta de suas propriedades antioxidantes capazes de prevenir muitas doenças, o extrato de chá verde, suplemento derivado da planta, contém uma quantidade muito maior de catequinas e também cafeína. Sobretudo quando comparada a um saquinho de chá normal.

As catequinas se definem como produtos químicos naturais à base de plantas que compõem uma série alimentos e ervas medicinais. Já a cafeína, quando acumulada no fígado, podem representar riscos ao fígado.

Qual a relação do chá verde com o fígado?

O uso prolongado de extrato de chá verde em altas doses pode causar danos ao fígado, assegura o estudo publicado no The Journal of Dietary Supplements. Os resultados, no entanto, mostram que o distúrbio pode ocorrer apenas em uma pequena parte da população, com duas variantes genéticas sendo capazes de prever parte do risco.

Isso porque, conforme revela o estudo, pessoas com certas variações genéticas eram mais propensas a mostrar sinais de estresse hepático após um ano ingerindo o extrato.

Para entender os efeitos do consumo do extrato, os participantes tomaram cerca de 843 miligramas do antioxidante predominante no chá verde, uma catequina chamada epigalocatequina galato (EGCG), diariamente. Em seguida, os pesquisadores selecionaram duas variações genéticas em questão porque cada uma controla a síntese de uma enzima que decompõe o EGCG.

A análise revelou que os primeiros sinais de dano hepático eram mais comuns em mulheres com uma variação no genótipo catecol-O-metiltransferase (COMT) e fortemente previstos por uma variação no genótipo uridina 5′-difosfo-glucuronosiltransferase 1A4 (UGT1A4).

Já os participantes com o genótipo UGT1A4 de alto risco viram a enzima que indica o estresse hepático subir quase 80% após nove meses de consumo do suplemento de chá verde. “Ainda estamos muito longe de prever quem pode tomar com segurança o extrato de chá verde em altas doses”, disseram os autores.

Apesar da toxicidade hepática estar ligada a altas doses de extrato de chá verde, doses baixas e beber chá verde não parecem representar os mesmos riscos.

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