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Padrão ao dormir pode aumentar risco de demência, segundo estudo

Dormir nos mesmos horários pode reduzir risco de demência
Créditos: Depositphotos/AllaSerebrina

Dados recentes em estudos sobre o sono colocam uma luz crítica sobre a importância da regularidade do sono para a saúde do cérebro. Segundo uma pesquisa que envolveu mais de 88.000 britânicos, pessoas com padrões de sono irregulares – horários de dormir diferentes de um dia para o outro – apresentaram um risco aumentado de desenvolver demência.

O estudo revelou que ir para a cama no mesmo horário todas as noites é benéfico para a saúde cerebral. Aqueles cujos horários de dormir variavam drasticamente mostraram ter um risco de demência 53% maior do que aqueles que mantinham horários estritos.

Qual a relação entre a regularidade do sono e a demência?

O autor do estudo, Professor Matthew Paul Pase, da Universidade Monash, na Austrália, explicou os resultados do estudo.

“Nossas descobertas sugerem que a regularidade do sono de uma pessoa é um fator importante no risco de demência. (…) As recomendações de saúde do sono geralmente se concentram em ter a quantidade certa de sono, que é de sete a nove horas por noite, mas há menos ênfase na manutenção de horários regulares de sono”, afirmou.

O estudo, publicado na revista Neurology, monitorou o sono de pessoas de meia-idade com rastreadores de pulso por uma média de sete anos.

Como o estudo foi conduzido?

Os voluntários receberam uma pontuação de zero a 100 com base em quão bem suas horas de sono e vigília correspondiam a cada dia.

Aqueles no grupo com a pontuação mais baixa, que tiveram média de 41, apresentaram a maior variação em seus horários de sono. Registros médicos mostraram que eles eram significativamente mais propensos a desenvolver demência, mesmo do que aqueles que tiveram uma pontuação média, que era de cerca de 71.

“As pessoas com sono irregular podem apenas precisar melhorar a regularidade de seu sono para níveis médios para prevenir a demência”, acrescentou o professor.

Pesquisas têm mostrado que um bom sono é vital para limpar proteínas tóxicas que causam demência que se acumulam no cérebro.

Saiba os fatores de risco da demência
Créditos: Depositphotos/AndrewLozovyi

Quais os fatores de risco para demência?

Os fatores de risco para demência são diversos e podem variar dependendo do tipo específico de demência. No entanto, alguns fatores comuns incluem:

  • idade avançada;
  • histórico familiar;
  • certos genes, como o gene da apolipoproteína E (APOE ε4);
  • traumas cranianos graves, especialmente lesões que causam perda de consciência;
  • doenças crônicas, como o diabetes;
  • hábitos pouco saudáveis de vida, como dieta pobre, falta de atividade física, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

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