É possível existir uma conexão intrigante entre a saúde intestinal e a doença de Parkinson diagnosticada de forma precoce? Para um estudo publicado na conceituada revista científica Gut, a resposta é sim. Acrescenta ainda que a saúde do seu cérebro e do intestino estão intimamente ligadas.
Por isso, os pesquisadores se debruçaram a compreender a essa relação afim de traçar um tratamento precoce para a doença, visando diminuir a sua progressão e consequentes impactos.
O que é o Parkinson?
Condição degenerativa, o distúrbio neurológico ocorre quando as células nervosas no cérebro, responsáveis pela produção da substância química dopamina, são danificadas ou morrem.
Tem como sintomas comuns tremores, rigidez muscular e movimentos lentos. Apesar da falta de uma resposta definitiva para o Parkinson, existem tratamentos que podem ajudar a reduzir os principais sintomas e manter a qualidade de vida pelo maior tempo possível.
Qual a relação entre problemas intestinais e Parkinson?
Realizado nos Estados Unidos, o estudo analisou o histórico médico de mais de 24 mil pessoas com Parkinson, comparando com 19.046 indivíduos com Alzheimer e 23.942 com doenças cerebrovasculares e 24.624 pessoas com cérebros saudáveis.
Para entender uma hipotética relação, os especialistas buscaram descobrir se os pacientes com Parkinson tiveram problemas intestinais recentes, e se essas pessoas tinham maior propensão de desenvolver Parkinson.
Ao final do período de observação, quatro condições intestinais foram associadas a um maior risco de Parkinson: constipação, dificuldade para engolir, gastroparesia e intestino irritável. Entretanto, vale ressaltar que nem todos os indivíduos com distúrbios gastrointestinais desenvolverão Parkinson.
Os resultados mostraram também que a remoção do apêndice pareceu proteger contra a doença, um fato já observado em outros estudos.
Considerações finais
Embora os resultados sugiram uma ligação entre a saúde intestinal e a saúde cerebral, já que o trato gastrointestinal possui milhões de células nervosas que se comunicam com o cérebro, a pesquisa é questionada por outros cientistas.
A exemplo da professora Kim Barrett, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que receia haver necessidade de mais estudos para entender essa ligação e como, se confirmada, ser usada pelos médicos para ajudar os pacientes.
Veja também: Câncer de intestino: conheça sintoma sutil da doença
0 Commentaires