A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Bordel, afirmou que ela foi ao salão de beleza um dia após ao sepultamento do filho devido ao fato de ter arrancado tufos de cabelo por nervosismo.
“Monique ficou desesperada, arrancou os cabelos porque tem mega-hair. Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. A minha cliente não tinha como se apresentar daquela forma”, disse o advogado Hugo Novais ao jornal O Globo.
Imagens de câmeras de segurança do salão de beleza mostraram Monique no local, onde fez manutenção do mega-hair. As mensagens trocadas entre a mãe de Henry e a atendente do estabelecimento apontam que Monique ainda pagou pelos serviços de pé: R$ 39; mão: R$ 35; conserto (de unha de acrigel): R$ 27; e tratamento: R$ 139, totalizando R$ 240.
Na conversa, a atendente se desculpa por ter cobrado um valor inferior e pede que Monique transfira, por Pix, os R$ 40 que faltaram. A mãe de Henry, então, responde: “Sem problemas. Vou passar aí”.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi nesse mesmo salão, no dia 12 de fevereiro, pouco menos de um mês antes da morte de Henry Borel, que Monique estava e recebeu uma videochamada do filho confirmando que havia sido agredido pelo padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho.
Em depoimento, as funcionárias do salão que realizavam os procedimentos em Monique, a criança disse frases como “Mamãe, eu te atrapalho?” e “Mamãe, o tio disse que eu te atrapalho”. E teria pedido que a mãe retornasse para casa, que fica próximo ao apartamento que ela e o Dr. Jairinho moravam na Barra da Tijuca.
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