Já passa de 30 milhões o número de pessoas totalmente imunizadas contra a covid-19, ou seja, aquelas que tomaram a segunda dose ou a dose única de vacinas contra a doença. Com isso, já tem muita gente já com a cabeça na dose extra, de reforço. Até agora, no entanto, não há estudos conclusivos sobre a necessidade de uma terceira dose para as vacinas autorizadas no Brasil. A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quinta-feira.
Em nota, a agência informou que já autorizou dois pedidos para pesquisa clínica que busca investigar os efeitos de uma dose adicional do imunizante contra a doença.
“A Anvisa vem acompanhando as discussões, as publicações e os dados apresentados sobre o surgimento de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 e seu impacto na efetividade das vacinas. Até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados”, diz a nota.
Estudos em andamento
Esses estudos são realizados pelos laboratórios farmacêuticos. Um deles já em andamento é o da Pfizer/BioNTech que investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina já autorizada, a ComiRNAty.
De acordo com a Anvisa, neste estudo, a dose de reforço da vacina da Pfizer será aplicada em pessoas que tomaram as duas doses completas da vacina há pelo menos seis meses.
O segundo caso é o do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando a imunização contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. Esse estudo foi autorizado na última quarta-feira, 14, pela Anvisa.
Segundo a agência, um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD 2816) será aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222) ou duas doses de uma vacina de RNA mensageiro (RNAm) contra covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Nesse caso, o estudo prevê que essa dose adicional será aplicada em pessoas cujo exame e monitoramento não identificam a produção de anticorpos capazes de atuar contra o novo coronavírus.
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