Claudia Rodrigues foi internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na segunda-feira, 23, para receber medicação importada para tratamento da esclerose múltipla, doença autoimune diagnosticada em 2000.
Segundo a empresária da atriz, Adriane Bonato, Claudia foi internada para receber a medicação que vem dos Estados Unidos e que foi suspensa para que a atriz pudesse ser vacinada contra a covid-19.
O remédio que tem como objetivo retardar o avanço da esclerose múltipla vem apresentando bons resultados no quadro da atriz.
Desde que ela começou o tratamento, a doença degenerativa, que estava em progressão, foi estabilizada e as novas lesões que surgiram no cerebelo chegaram a desaparecer por completo, um dos efeitos da medicação.
Porém, durante o período em que a atriz ficou sem o tratamento para poder se vacinar contra a covid-19, o quadro piorou, e Claudia precisou ser internada no dia 9 de julho, após um mal-estar.
Na ocasião, a atriz teve dormência nos membros do lado direito, dor de cabeça, febre e confusão mental. O tratamento foi interrompido justamente porque não se sabe quais os efeitos combinados com a vacina da covid-19.
Esclerose múltipla
A doença crônica degenerativa, progressiva e autoimune compromete gradativamente o sistema nervoso central. Ela ocasiona a perda de mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios), o que leva à interferência na transmissão dos impulsos elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença, como aponta a ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.
O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS, sendo 35 mil delas no Brasil, estima a ABEM.
Apesar de atingir pessoas de todas as idades, a doença acomete com maior frequência pessoas de 20 a 40 anos, na maioria das vezes, mulheres brancas.
De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados e duram mais que 24 horas. A esclerose múltipla se manifesta por surtos que começam de repente, atingem o ápice e cessam.
O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da espinha.
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