Uma mulher de 21 anos pulou de um carro em movimento ao ser vítima de uma tentativa de sequestro e estupro em Colina, cidade do interior de São Paulo. Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que ela consegue escapar.
A vítima ia ao trabalho na madrugada do dia 28 de agosto, quando foi abordada por um desconhecido, agarrada, agredida e forçada a entrar no veículo.
“Ele começou a me bater, dar tapas, socos, pegar forte porque eu estava tentando correr, sair dali”, contou a mulher à EPTV, filiada à Rede Globo na região. “Foi essa sequência de tapas e socos até eu conseguir entrar no carro.”
“Ele entra junto comigo e acelerou o carro. Foram cinco segundos para pensar, abrir a porta e pular.”
O homem foi identificado e levado à delegacia. Lá, ele disse que estava bêbado e foi liberado pelo delegado. Apesar da gravidade do ocorrido, o boletim de ocorrência foi registrado apenas como constrangimento ilegal e lesão corporal.
“Eu me sinto muito injustiçada, porque ele mesmo confessou e saiu da delegacia como se não tivesse feito nada. Ninguém fez nada e ele está por aí, podendo cometer isso de novo com outras mulheres. Eu consegui escapar, mas e se eu não conseguisse? A Polícia ia fazer alguma coisa se eu aparecesse morta? Ou até alguma hora que uma mulher aparecer morta?”
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.
Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.
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