Pode ser que você já tenha observado que o fundo de algumas de suas calcinhas estejam ficando amarelado ou desbotado e aí se perguntou: “será que isso é normal?”.
Segundo a ginecologista obstetra Renata Cavalcante, isso é natural e não há com o que se preocupar. Pelo contrário, é sinal de que sua vagina está produzindo secreções já esperadas.
“A região íntima da mulher tem secreções normais que ajudam a manter a umidade natural da vagina. Essas secreções normais têm um pH entre 3,8 a 4,5, e quando entram em contato com o tecido de algodão da calcinha, fica um pouco amarelado mesmo”, explicou a médica em seu perfil no Instagram.
“Então é supernormal que com o tempo as calcinhas fiquem com essa parte de algodão amarelada”, completou.
Como se dá esse processo?
Isso acontece porque o valor do PH das secreções vaginais é amplamente ácido e, em contato com o ar ambiente, oxida, mudando a coloração do tecido, especialmente os de algodão.
Esse nível de acidez é o que protege contra a proliferação de bactérias que não fazem parte do equilíbrio fisiológico da vagina.
Secreções e lubrificação
O fluido de cor clara e sem odor varia ao longo do ciclo menstrual e de mulher para mulher. Ele é constituído por células mortas da vagina, bactérias da flora vaginal e muco.
É absolutamente normal produzir mais secreção no meio do ciclo menstrual, cerca de duas semanas depois da menstruação, é um sinal de ovulação.
Só é preciso ficar atenta se a secreção causar coceira, ardência, se mudar de cor ou se tiver um cheiro forte, pois pode ser um sinal de infecção e é preciso procurar um médico.
O exame ginecológico irá verificar o pH vaginal e, caso algo estiver anormal, o ginecologista poderá solicitar mais exames para detectar o que está causando o problema. O tratamento varia de acordo com a causa do corrimento.
Porém, se a avaliação indicar que o corrimento é normal, não há necessidade de medicamentos.
A ginecologista Renata Cavalcante destaca que é importante ter sempre a liberdade e intimidade de tirar qualquer dúvida que surgir em uma consulta com o ginecologista.
Veja também: Candidíase não é um simples corrimento; conheça os sintomas
Veja também: As melhores dicas sobre corrimento feminino
0 Commentaires