Com a segunda maior comunidade árabe-mulçumana do Brasil, Foz do Iguaçu (PR) se prepara para tornar-se no primeiro destino halal da América Latina.
O objetivo é atrair mais turistas oriente médio e de outros países muçulmanos à cidade, que é uma das mais visitadas do país. Somente em Foz do Iguaçu vivem atualmente cerca de 25 mil cidadãos árabe-muçulmanos.
Em árabe, halal significa ‘permitido, autorizado pelo islamismo’ e a certificação assegura o cumprimento de normas e procedimentos que respeitam a religião.
#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?
Protocolo de intenções
Em outubro, o governador do Paraná, Ratinho Jr. e representa do turismo de Foz do Iguaçu, assinaram na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um protocolo de intenções para adequar a estrutura turística da cidade aos preceitos dos seguidores do Islã.
Certificadores de alimentos halal que já atuam no Brasil garantem que as adaptações são simples e baratas, com grande potencial de retorno econômico.
A transformação em destino halal servirá para quebrar barreiras e tornar a estadia mais confortável para esse público.
As propostas foram apresentadas durante o Festival das Cataratas, que terminou hoje em Foz do Iguaçu.
Para Paulo Angeli, secretário de Turismo, Projetos Estratégicos e Inovação de Foz do Iguaçu, se adaptar ao conceito halal “é respeitar a diversidade, a cultura, a religiosidade de todos. Por receber tantas nacionalidades e culturas, Foz deve estar preparada para isso”.
O secretário também ressaltou que todos os estabelecimentos do destino que demonstrarem interesse em se adaptar ao mercado halal serão ajudados e treinados.
Um pouco mais sobre ‘halal’
Para atender aos costumes, os hotéis, restaurantes e lanchonetes, por exemplo, precisam começar a pensar em ambientes diferenciados para atender aos muçulmanos. Toda a alimentação a ser servida deve ser separada, para que não haja contaminação cruzada.
Além disso, devem preparar instalações especiais, para que o muçulmano possa realizar suas cinco orações diárias. No quarto, é interessante que o estabelecimento indique a direção da Kiblan (direção para Meca, para o muçulmano direcione suas orações). Deixe sempre um Alcorão, tapetes e horários de oração disponíveis nos quartos, além de um frigobar sem bebidas alcoólicas e canais de tevês árabes são bem-vindos. E toda a comida a ser oferecida deve ser halal.
Esta comunidade não pode consumir nenhum alimento que contenha derivado do porco e nem bebida alcoólica. É haram, ou seja, proibido.
Para que as mulheres se sintam mais à vontade, é importante que o hotel ofereça trajes, para que elas se cubram enquanto estiverem na piscina ou spas. Reserve um horário específico para as muçulmanas frequentarem este local.
A comunidade árabe-muçulmana de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no Paraguai, começou a ser formada em 1950 e ganhou força na década de 1980, com a construção da usina de Itaipu.
Em 1983, foi aberta a mesquita Omar Ibn Khatab, a maior da América Latina.
Com informações da Prefeitura de Foz
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