A epidemia de influenza no Rio de Janeiro acende alerta nos estados vizinhos. A cidade de São Paulo já registra aumento significativo nos casos de síndrome gripal, causada em parte pelo subtipo do vírus influenza A, o H3N2, da variante Darwin.
Este vírus não é novo, mas começou a circular com mais intensidade no hemisfério norte nos últimos meses. A vacina dada neste ano não protege bem contra ele.
Em setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendar atualizações das vacinas contra essa variante para 2022.
O H3N2 surgiu em Hong Kong na década de 1960, mas sofreu uma nova mutação na Austrália este ano. A cepa é chamada de Darwin, pois é o nome da cidade australiana onde ela foi sequenciada.
Como ocorre a transmissão
Como é um vírus respiratório, a transmissão ocorre de forma semelhante como acontece com o coronavírus: de pessoa a pessoa, através de gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala. Porém, é ainda mais comum contrair influenza ao tocar em superfícies contaminadas.
Sintomas
Os sintomas da gripe causada pelo vírus H3N2 em adultos pode variar de intensidade, mas costumam a aparecer já nos primeiros dias. Os mais comuns são picos de febre, dor de garganta, tosse, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo, calafrios, irritação nos olhos e mal-estar intenso.
Nas crianças, além de febre alta, é comum haver o aumento dos linfonodos cervicais e sintomas gastrointestinais. Em muitos casos, o quadro tende a se agravar com evoluções para pneumonia.
Embora alguns sintomas se assemelhem, no caso de covid-19, os sintomas começam a evoluir a partir do 7° dia da infecção, podendo ou não levar a um quadro de insuficiência respiratória.
Em caso de qualquer sintoma gripal, Barbosa afirma ser importante buscar um serviço de saúde.
No caso de qualquer sintoma, é importante procurar atendimento médico para excluir a possibilidade de covid-19.
Por que o vírus da gripe voltou com tudo?
Especialistas avaliam que o vírus da Influenza praticamente sumiu no ano passado por conta de todas as medidas de prevenção à covid-19 adotadas para conter a pandemia, como o distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos.
Com a volta de boa parte da população às atividades normais, os vírus respiratórios tiveram mais espaço para se propagarem.
O afrouxamento das medidas restritivas nos últimos meses é, segundo a Fiocruz, um dos fatores que contribuíram para a epidemia no Rio de Janeiro.
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