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Ator Otávio Martins denuncia ataque homofóbico em restaurante de SP

Otávio Martins relatou que um amigo foi vítima de homofobia em um restaurante em São Paulo na noite da última sexta-feira, 11. “Covardemente atacado, mas o gerente e os garçons se negaram a ajudar ou chamar a polícia”, denunciou o ator pelas redes sociais.

Ator Otávio Martins denuncia ataque homofóbico em restaurante de SP

“Eu não piso nunca mais no restaurante Le Jazz, em São Paulo. Não só pela comida ruim: ontem um amigo foi vítima de homofobia por um cliente ‘da casa’, covardemente atacado, com testemunhas, mas o gerente e os garçons se negaram a ajudar ou chamar a polícia”, escreveu o intérprete do vilão de “As Aventuras de Poliana”.

“Pior: o homem começou a jogar garrafas de vidro no chão, para atacar meus amigos, com estilhaços atingindo outros clientes. Um dos atingidos foi pra cima do cara, saíram na porrada. Todos os clientes testemunharam a covardia do homofóbico e a inércia dos funcionários do Le Jazz”, continuou.

“Para piorar, o homem estava claramente alcoolizado e, mesmo assim, o restaurante entregou as chaves do carro pro cara, que saiu cantando pneu”, contou. Ao perguntarem o nome do cliente, o gerente se negou a dar porque é “cliente fiel”.

“E tem mais: quando meu amigo pegou o celular para chamar a polícia, foi cercado por dois garçons que tentaram impedir que ele chamasse ajuda, pra não prejudicar a imagem do restaurante e do agressor!”, prosseguiu com o relato.

“Quando descobrir o nome do homofóbico, vou postar aqui junto com a cara dele. Isso tudo ocorreu ontem à noite, por volta das 21h30. Mesmo sabendo o nome de seu cliente homofóbico, o restaurante se nega a divulgar”, afirmou Martins.

O artista prometeu postar as imagens da agressão, que teria sido gravada por outros clientes. O ator ainda divulgou a placa do carro usado pelo homem e disse que ele estava acompanhado de uma mulher.

O restaurante Le Jazz ainda não se pronunciou sobre o caso.

Homofobia é crime

Desde junho de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.

Veja também: Soldado alvo de homofobia após beijo diz: ‘PM f*deu minha vida’

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