Neste domingo, 28, é celebrado o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+. Apesar da data ter sido criada em Nova York (mais precisamente em Stonewall Inn, um bar muito popular na década de 60 entre a comunidade LGBT), San Francisco, na Califórnia, é uma cidade bem representativa na celebração da diversidade.
Visitei San Francisco em 2010, e Castro, um dos bairros mais descolados da cidade (e declarado o primeiro bairro gay do mundo) não podia faltar no nosso roteiro, uma vez que a região é de extrema importância histórica pelos direitos LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outras identidades ou formas de orientação sexual.
Assistam ao filme “Milk – A Voz da Igualdade” (Sean Penn levou o Oscar de melhor ator em 2009), que conta a história de Harvey Milk, ativista norte-americano e o primeiro homem assumidamente gay a ser eleito para um cargo público na Califórnia, como membro do Conselho de Supervisores de San Francisco.
Milk tornou-se um ícone na luta pelos direitos LGBT e responsável pela aprovação de uma rigorosa lei sobre direitos gays em San Francisco. Foi assassinado em 1978, apenas 10 meses após sua posse.
Antes de ser eleito, Milk havia aberto uma loja de fotografias em 1972. Foi lá que o ativista trabalhou, viveu e organizou as campanhas políticas. Hoje, no mesmo endereço (573/ 575 Castro Street), funciona a Human Rights Campaign Store , uma loja de presentes e produtos com referências de Harvey Milk (o valor das vendas é doado à Fundação Harvey Milk e à Academia de Direitos Civis Harvey Milk).
Em Castro você também verá a Rainbow Honor Walk, como um a calçada da fama que homenageia nomes do movimento LGBTQIA+, além do Castro Theather, uma das atrações mais icônicas do bairro.
Bandeira arco-íris
Chegando em Castro, basta olhar para os lados para ver as bandeiras arco-íris espalhadas pelas ruas e casas. E foi ali mesmo, em San Francisco, que a bandeira símbolo do movimento gay apareceu pela primeira vez.
Criada por Gilbert Baker (falecido em 2017), a bandeira tinha inicialmente 8 cores e, com a ajuda de voluntários, foram tingidas a costuradas à mão para a Parada Gay em junho de 1978. Em seguida, a bandeira foi pendurada no United Nations Plaza para destacar a aceitação e a igualdade sexual como uma luta global e uma questão de direitos civis.
Desde 2015, o MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York) expõe, entre suas obras, a Rainbow Flag de Gilbert Baker.
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