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Descubra o que são funções executivas e seus impactos na aprendizagem infantil

As funções executivas são importantes para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Fortalecê-las desde a infância melhora o desempenho escolar, ajuda a lidar com as adversidades da vida e as prepara para ter mais autonomia.

Descubra o que são funções executivas e seus impactos na aprendizagem infantil

O blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), explica quais são as principais funções executivas e de que maneira é possível estimular essas habilidades. Acompanhe o texto e saiba mais!

6 funções executivas

1. Criatividade

O desenvolvimento da criatividade surge na infância, manifestando-se de forma intensa lá pelos 4 anos de idade. É a fase em que as crianças adoram um faz-de-conta e podem passar muito tempo entretidas em brincadeiras de casinha ou em interpretação de personagens, como princesas e super-heróis.

A criatividade será importante durante a aprendizagem escolar, pois é ela que ajudará na solução de problemas e dará subsídios para a criança desenvolver atividades.

Apesar de essa função executiva aparecer nos anos iniciais de vida, ela pode, perfeitamente, ser treinada ao longo de toda a infância. Para isso, não deixe de investir em gibis e livros infantis. Promover o contato com a arte, como pintura, desenhos e até visitações a museus e exposições é uma ótima ideia também.

2. Memória

Temos vários tipos de memória. Uma das mais utilizadas é a chamada memória de trabalho, que permite o armazenamento temporário de informações. Fazendo uma comparação, é como se fosse a memória RAM de um dispositivo. Sendo assim, ainda que os conteúdos fiquem ali gravados por pouco tempo, ela precisa ser muito eficiente.

Depende dela, por exemplo, o processamento e a compreensão do que está sendo estudado no momento. Se houver sucesso nessa primeira etapa, fica mais fácil a criança guardar a informação em sua memória de longo prazo, ou seja, aquela que será requisitada quando for preciso realizar uma prova.

Sendo assim, é uma das funções executivas mais significativas durante o desenvolvimento infantil. Para ajudar seu filho a fortalecer essa habilidade, aposte em jogo da memória, ensine cantigas fáceis de gravar na mente, faça jogo de imitação e imprima alguns jogos dos 7 erros.

3. Atenção

A atenção é o processo de conseguir perceber detalhes de alguma atividade que está sendo realizada no momento. Ela é dividida em diferentes tipos.

A seletiva nos ajuda a escolher qual será o foco da vez em nossa mente. Por exemplo, podemos olhar para uma rua movimentada e escolher apenas um estímulo — carros vermelhos — no meio de tantos outros, para focar.

A dica é separar um tempinho no fim de semana para propor brincadeiras gostosas que ajudem a estimulá-las essas habilidades

A atenção sustentada, por sua vez, é a que nos permite manter o foco durante um longo tempo, sem nos distrairmos facilmente com outros estímulos externos ou internos.

Já deu para notar que essa é, também, uma das funções executivas mais notáveis, não é mesmo? A atenção vem antes da memória e precisa ser estimulada para a criança ter sucesso nos estudos, conseguir entender conceitos e saber reproduzi-los.

As mesmas brincadeiras indicadas para estimular a memória são ótimas aqui. Além disso, aposte no quebra-cabeça, um bom jogo para trabalhar a percepção e estimular o raciocínio lógico.

4. Flexibilidade cognitiva

Flexibilidade cognitiva é a habilidade de o cérebro adaptar opiniões e comportamentos a eventos inesperados. É, ainda, a capacidade de perceber que, se estamos fazendo algo que não traz resultados, é preciso repensar os planos, fazer outras escolhas ou mudar nossas condutas.

Sendo assim, ela tem uma importante função durante o processo de aprendizagem. É ela que permite à criança buscar soluções alternativas e olhar para diferentes pontos de vista na resolução de alguma atividade.

Para desenvolver essa função executiva, a ideia é levar a criança a pensar sobre determinado assunto. Podemos, por exemplo, contar uma história, perguntar a ela seu ponto de vista e pedir para justificá-lo. Depois, podemos estimulá-la a refletir sobre uma opinião contrária e questionar os motivos que podem levar alguém a pensar dessa forma.

5. Paciência

A paciência é a capacidade que temos para tolerar algo ou uma situação que nos incomoda. O oposto dela é a intolerância e a ansiedade, que nos levam a querer que as coisas sejam resolvidas prontamente. A paciência é essencial para a criança, pois é uma coadjuvante para tolerar a frustração.

O processo de aprendizagem nem sempre é fácil e rápido. Então, uma criança paciente consegue compreender e aceitar que precisará de tempo e de esforço para obter os resultados. Nem precisamos comentar o quanto isso é fundamental na vida adulta também, não é mesmo?

Uma dica é evitar lotar a rotina do filho com muitas atividades e diminuir o uso de eletrônicos. Sentir um pouco de tédio, por mais que seja chato, é necessário para que ele saiba esperar.

Outra sugestão é chamá-lo para cuidar do jardim. Plantar uma semente — nem que seja o feijão no algodão — e cuidar dela diariamente é uma forma de fazê-lo perceber a necessidade de ter calma. Como jogo, o de tabuleiro pode ser uma ótima opção.

6. Autocontrole

O autocontrole é primo da paciência, mas com ele não se confunde. Essa habilidade significa saber gerenciar a vontade de um prazer do agora, para receber algo melhor em um tempo mais distante. É, ainda, a competência de saber gerenciar as próprias emoções e não estourar por pouca coisa.

O desenvolvimento dos diferentes tipos de pensar em crianças deve ser uma prioridade

Nos estudos, o autocontrole impede a procrastinação. Crianças que são mais autocontroladas são aquelas que realizam tarefas escolares e estudam para uma prova, mesmo estando com vontade de brincar. Elas entendem que a consequência de adiar essas tarefas só trará consequências negativas.

Antes de treinar essa função executiva, é importante entender que quanto mais novas as crianças, mais elas terão dificuldade em priorizar atividades das quais não gostam, para obter gratificações no futuro. Sendo assim, podemos estimular, mas sem fazer chantagens, combinado?

Uma ideia é fazer uma lista de atividades diárias — dentro dos limites das crianças — e estabelecer um tempo para que sejam finalizadas. Jogos de cartas, como o Uno, também são legais para ajudar a promover o autocontrole.

Quer saber mais sobre educação? Acesse o blog Novos Alunos!


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